Ao longo dos anos, a luta das mulheres tem rendido importantes avanços, favorecendo assim a transição de uma situação de total submissão para uma realidade que lhes permite decidir sobre os rumos de suas próprias vidas e de exercer a cidadania.
Nessa transição, pode se destacar a conquista do direito de ir às urnas, de estudar e de interferir nas decisões familiares e das comunidades.
E foi assim que as mulheres foram ao mercado de trabalho e passaram a ocupar importante espaço sócio-cultural e político. Hoje, elas estão em todos os setores da economia. Conforme o Boletim Mulher & Trabalho, lançado pelo Dieese em virtude deste 08 de Março, a taxa de desemprego total das mulheres, tradicionalmente mais elevada do que a dos homens, vem caindo ano a ano, refletindo a disponibilidade e capacidade das mulheres para se inserirem no mundo do trabalho.
Conforme a publicação, a taxa de desemprego total das mulheres, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), retraiu-se de 14,7%, em 2010, para 12,5%, em 2011, enquanto a dos homens passou de 9,5% para 8,6% nesse mesmo período.
O levantamento também aponta para a diminuição da defasagem salarial entre homens e mulheres, atualmente em torno de 70%. Em 2011, o rendimento médio das mulheres foi 2,4% maior do que em 2010, ao passo que dos homens a evolução foi de 0,4%.
Em breve, essa evolução contará com uma importante ferramenta. Trata-se do projeto de lei da Câmara determinando igualdade salarial entre os gêneros no exercício da mesma função, que a Comissão de Direitos Humanos do Senado acabou de aprovar em caráter terminativo. O projeto prevê multa para a empresa que pagar um salário menor a mulheres que executem tarefas iguais às dos empregados homens.
Aprovada por unanimidade, a matéria segue agora para sanção presidencial, caso não haja pedido para votação em plenário.