1º Congresso da Intersindical: consolidar a central e fortalecer as lutas
A Intersindical - Central da Classe Trabalhadora fará seu primeiro congresso nacional nos dias 18, 19 e 20 de março de 2016, na cidade de São Paulo. A entidade, fundada em 2014, reúne sindicatos, associações com caráter sindical, grupos que atuam em oposições e minorias sindicais e movimentos populares do campo e da cidade.
O congresso será um momento de debates e preparação para as lutas do próximo período.
Num momento de fragmentação do movimento, buscamos fazer o caminho inverso à dispersão ao construir uma central democrática, combativa, sem vacilações ou sectarismos. Além de consolidar a central classista, apostamos na unidade ampla com todos que estejam dispostos a lutar em defesa dos interesses populares.
Em 2016, teremos uma dura batalha para derrotar a reforma da previdência. Não é aceitável o governo pagar bilhões de juros aos bancos e “economizar” retirando um direito de quem mais precisa. E a presidente Dilma quer impor idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, prejudicando milhões de pessoas, principalmente as mulheres e os trabalhadores do campo.
Exigir a redução dos juros é outra luta da central. A taxa de juros é o maior programa de transferência de renda dos pobres e assalariados para os cofres dos banqueiros e rentistas. É preciso derrotar a atual política econômica recessiva, que tem levado ao aumento do desemprego e agravamento da crise social.
No congresso, o golpista Eduardo Cunha segue com sua maratona contra os direitos trabalhistas, contra o Estado laico e a democracia. E Renan Calheiros já anunciou que pretende votar o PLC 30, projeto que libera a terceirização para todas as atividades. A pauta regressiva do congresso visa levar o Brasil à superexploração do trabalho e destruição do patrimônio público, como a tentativa de rever a PEC do trabalho escravo e o PLS 555, que permite abrir o capital de todas as empresas públicas e estatais, municipais, estaduais e federais.
Intersindical: classista, coerente e independente
Em seus dois anos de existência, a Intersindical ajudou a impulsionar as lutas cotidianas das diversas categorias. Nossa central se dedicou com afinco no combate ao projeto da terceirização, focando sua ação e formação sindical para derrotar o PL 4330, que é o maior ataque aos trabalhadores/as dos últimos 70 anos. E contribuímos decididamente para a ampla unidade contra a retirada de direitos, no combate à política econômica do governo Dilma, mas também contra o impeachment e as movimentações da direita.
A Intersindical - Central da Classe Trabalhadora não apoia nenhum governo, tampouco faz corpo mole diante de suas políticas antipopulares. Mas não aceita fazer o jogo da direita se somando ao Fora Dilma ou apostando no “quanto pior, melhor”. Isso por que não abrimos mão da independência em relação aos patrões, ao Estado, aos governos e aos partidos políticos.
Ampliar a central e fortalecer a luta por reformas populares
O próximo período exigirá enfrentamentos aos planos dos governos, do parlamento e dos grandes empresários e banqueiros. Para isso, a classe trabalhadora precisa estar mais unida e organizada.
A classe trabalhadora pode mudar a pauta do país. O Brasil precisa de reforma tributária, com imposto sobre grandes fortunas e grandes heranças, reduzindo drasticamente impostos indiretos sobre os pobres e assalariados. Precisamos de reforma urbana e agrária, de democratização dos meios de comunicação e de uma política econômica que valorize o trabalho e as políticas sociais. Que os ricos paguem pela crise.
É preciso superar a pauta regressiva de direitos, avançar nas reformas populares e fortalecer a perspectiva da transformação social para acabar com a exploração de classe e as desigualdades sociais.
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