Dia do Trabalhador
1º de Maio: Trabalhadores indicam Greve Geral em 14 de junho
Centrais sindicais como: Intersindical - Central da Classe Trabalhadora, CUT, Força Sindical, Conlutas, CTB, UGT, CSB, CGTB e Nova Central, ao lado das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, realizaram o 1º de maio na capital paulista, no Vale do Anhangabaú, que reuniu 200 mil pessoas. No final do ato político foi anunciada a data de 14 de junho (próximo) para uma grande Greve Geral contra a Reforma da Previdência, o desemprego, o fim da aposentadoria e todos os ataque sofridos pela classe trabalhadora. O evento teve início às 10h, com apresentações artísticas e culturais e ato político e só encerrou no início da noite.
“A unidade das centrais se dá em torno da luta contra a Reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro (PSL) que, na prática, pode impedir os brasileiros de acessarem o direito à aposentadoria ao estabelecer regras difíceis de serem atingidas”, afirma Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical.
Reforçamos neste momento do Brasil, a nossa luta contra a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que não combate as desigualdades, nem os privilégios de alguns setores, mas ataca o direito dos mais pobres. E, ainda, impõe a idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres, além do aumento do tempo de contribuição de 15 para 20 anos.
Não é reforma: o que eles querem é o fim da aposentadoria! O governo quer economizar às custas dos trabalhadores, enquanto faz repasses aos banqueiros. Quer que você continue contribuindo, mas que receba um benefício menor na velhice. Mulheres, professoras e trabalhadoras rurais estão entre os grupos que serão mais prejudicados e, não bastasse isso, o governo quer meter a mão no abono salarial e reduzir drasticamente o valor do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
“O deficit é uma mentira! O que existe é a desvinculação de receitas da Previdência pelos governos, segundo auditores fiscais federais, em quase R$ 4 trilhões para pagar juros aos bancos e comprar votos. Aliado ao calote de R$ 935,5 bilhões de contribuições previdenciárias e impostos devidos pelas empresas e não cobrados pelo poder público”, destaca Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Vamos juntos cobrar ações contra o desemprego. Hoje, temos mais de 13 milhões de pessoas desempregadas. O Brasil necessita, urgentemente, fomentar a economia e desenvolver ações que favoreçam a geração de postos de trabalho.
Origem do 1º de Maio
O Dia do Trabalhador é um marco da reflexão sobre as legislações trabalhistas, as normas e demais regras de trabalho. Esse dia marca ainda a luta dos trabalhadores que reivindicavam por melhores condições de trabalhos quando ninguém ainda olhava para a classe trabalhadora como merecedora de proteção legal.
Como surgiu o Dia do Trabalhador?
Como acabamos de mencionar, houve um tempo em que os trabalhadores não dispunham de leis que os protegessem. Isso aconteceu, mais exatamente, até meados do século XIX.
Aliás, nessa época, os trabalhadores nem imaginavam que pudessem exigir direitos trabalhistas de seus patrões e trabalhavam sem folgas, férias, com uma remuneração miserável e cumpriam cargas horárias inimagináveis.
A partir de 1886, no entanto, as coisas começaram a mudar. Muitas manifestações trabalhistas começaram a acontecer nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos, reivindicando a redução da jornada de trabalho de 13 horas para 8 horas diárias, por exemplo.
Nessa mesma época tive início a greve geral nos Estados Unidos, entre outros conflitos envolvendo os trabalhadores, que ficaram conhecidos como Revolta de Haymarket.
Por que o Dia do Trabalhador é comemorado no dia 1º de maio?
No dia 20 de junho de 1889, três anos após as manifestações americanas, foi convocada, em Paris, uma manifestação anual a respeito das horas de trabalho. Ela foi marcada para o dia 1º de maio, em homenagem às lutas sindicais em Chicago.
Em 1919, mais exatamente no dia 23 de abril, a carga horária de 8 horas de trabalho foi retificada na França, pelo Senado, e o dia 1º de maio foi proclamado feriado. Alguns anos depois, outros países seguiram o exemplo francês e decretaram o 1º de maio como feriado pelo Dia do Trabalhador.
Santos foi a pioneira da celebração
No Brasil, a primeira celebração do 1º de Maio ocorreu em Santos/SP, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entidade fundada em 1889 por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter de Araújo e Carlos Escobar. A data foi consolidada como Dia do Trabalhador em 1925 pelo presidente Arthur Bernardes, quando baixou um decreto institucional declarando-o como feriado nacional.
Escrito por: Gustavo Mesquita com centrais sindicais
Fonte Comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias
Atualizado em: 06 de maio de 2019