11 de julho - Dia Nacional de Lutas com greves e mobilizações

02 de julho de 2013

A INTERSINDICAL com seus sindicatos, dirigentes e militantes estão engajados firmemente na construção do dia 11 de julho, Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, juntamente com as demais centrais sindicais. O formato e a construção dessa luta ainda serão definidos nos próximos dias, mas defendemos jogar todo o peso nas paralisações do setor privado e público, com mobilizações no campo e na cidade, parando a produção e a circulação de mercadorias.

Desde que as mobilizações alavancadas pela juventude ganharam as ruas ficou patente à necessidade de os trabalhadores e trabalhadoras se somarem na luta. Para fortalecer as reivindicações da juventude e dos que vivem do trabalho, e impedir o sequestro da pauta pela direita, é necessário que os trabalhadores e a juventude entrem em cena de forma unitária.

Em vários fóruns, como na importante plenária chamada pelo MST em São Paulo, no dia 21/06, que reuniu cerca de 80 organizações populares e mais de 300 militantes e dirigentes, a INTERSINDICAL salientou a importância da construção unitária de uma greve geral contra o capital e as políticas dos governos contrárias aos interesses populares. A unidade dos mais amplos setores organizados em torno de uma pauta com eixos comuns é fundamental neste momento.

A luta pelo direito a cidade, o passe livre e o amplo apoio de massas pela redução das tarifas e melhoria no transporte coletivo, além de outras reivindicações, foi o primeiro grande passo para que a maioria do povo brasileiro seja ouvida e respeitada em seus direitos.

E o dia 11 de julho deve se configurar em outro grande momento para colocar no centro do debate as bandeiras que expressam as reais necessidades da juventude e das classes trabalhadoras.

A luta por investimentos massivos na saúde, educação e transporte públicos, o repúdio a precarização do trabalho expressa no PL 4330 da terceirização, o fim do fator previdenciário, o fim das privatizações, particularmente dos leilões do petróleo, as Reformas Agrária e Urbana e a redução da jornada de trabalho expressam, em linhas gerais, essas necessidades.

Dinheiro público para as políticas públicas

Para garantir serviços públicos de qualidade e para todos é necessário mudar a política econômica. Para a INTERSINDICAL, o fim do superávit primário e a destinação dos recursos para a melhoria do atendimento à população devem ser o centro do debate. A enorme maioria da população não aceita os gastos com a copa e a construção de estádios, que só beneficia empreiteiras e outras grandes empresas. É necessário repudiar, também, a destinação da metade do orçamento do governo federal para o cofre dos bancos e rentistas, na forma de juros e amortização de uma dívida que precisa ser auditada.

Para a INTERSINDICAL, é preciso pressionar o governo Dilma e os diversos governos pelo atendimento às reivindicações. Devemos denunciar, também, os altos lucros dos banqueiros e grandes empresários. Exigimos democratização dos meios de comunicação. Chega de monopólio e da manipulação orquestrada por meia dúzia de empresas que impedem a liberdade de imprensa e de comunicação.

Não à precarização do trabalho

No dia 09 de julho pode ser votado na CCJ da Câmara dos Deputados o PL 4330. Esse Projeto de Lei visa quebrar a espinha dorsal dos direitos trabalhistas no Brasil, ampliando a precarização do trabalho, em todos os setores. É preciso rechaçar esse projeto e avançar num modelo que garanta emprego, salários e direitos para todos os que vivem do trabalho.

Nos próximos dias, será necessário construir a mobilização e as paralisações nos mais diversos locais de trabalho. Com as recentes manifestações, muitos trabalhadores viram seus filhos saírem às ruas para exigir mudanças profundas na realidade brasileira. É chegada a hora de os trabalhadores e trabalhadoras cruzarem os braços e se juntar aos setores populares em grandes manifestações em defesa das reivindicações populares.

Viva as mobilizações que já lograram mudar a agenda dos governos!

Unidade de ação em torno às bandeiras e reivindicações populares!

Todos/as no Dia Nacional de Lutas, com greves e manifestações!