Essas propostas são apresentadas como as mais modernas para a solução dos conflitos pertinentes das relações de trabalho. Mas, na verdade, atende ao projeto neoliberal para os países periféricos, pois, na medida em que os sindicatos destes locais perderem sua força de atuação, mais fácil estabelecer uma política opressora. Assim, arrochando os trabalhadores dessas regiões, suprimindo os direitos e mantendo a estabilidade a um número reduzido, estabelece uma diferenciação entre esses e os dos países centrais que por manterem um mínimo de direitos, são vistos como privilegiados.
O Acordo Coletivo Especial diminuirá muito a representatividade dos sindicatos na medida em que este impõe que o negociado sobreponha o legislado, aprofundando a divisão da classe trabalhadora.
Haja vista que com a incrementação de setores terceirizados no setor público ou com contrato temporário no setor privado, limita muito a disposição ao enfrentamento e ao exercício de greve. Além disso, o governo aprofunda essas limitações instituindo políticas inibidoras.
Como exemplo, temos o empréstimo consignado instituído durante a gestão do Ministro do Trabalho Luiz Marinho, ex-dirigente dos metalúrgicos do ABC, que facilitou o endividamento dos trabalhadores ao ponto destes ficarem receosos com a possibilidade do corte de ponto e desemprego, de modo a conter os mesmos.
Todas essas medidas são uma forma de colocar em prática a velha política de dominação: “Dividir para conquistar”. Temos que recuperar a consciência de classe onde os trabalhadores se unam
para enfrentar a opressão exercida àqueles que compõem essa mesma classe. Infelizmente, essa consciência inexiste em alguns sindicatos e Centrais Sindicais. Contudo, convém relembrar Russel Jacoby:
“Quando um processo de dominação é exercido em função do esquecimento, o processo transformador tem que partir da recordação”.
Não basta apenas defender os ataques e questões pontuais.
A NOSSA LUTA DEVE SER A CONSTRUÇÃO
DE UMA SOCIEDADE SOCIALISTA.