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ANS obriga planos de saúde a cobrir teste rápido de Covid

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ANS obriga planos de saúde a cobrir teste rápido de Covidgov.br

Medida levou 7 meses para ser aprovada por resistência das operadoras de saúde

O teste rápido de antígenos para detecção da Covid-19, que anda em falta no país nas últimas semanas devido à alta procura, terá cobertura obrigatória dos planos de saúde.

 

O teste de antígeno é aquele em que o coronavírus é detectado em até 15 minutos e pode ser encontrado em farmácias e laboratórios.

 

A decisão foi tornada pública pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), no início da noite desta quarta-feira (19). A inclusão do exame no rol de procedimentos obrigatórios levou sete meses de discussão porque enfrentou resistência das operadoras de saúde.

 

O colegiado da agência que regula o setor destacou que os testes RT-PCR continuarão sendo considerados padrão-ouro no diagnóstico laboratorial — estes já contavam com a cobertura dos planos.

 

O momento, porém, exige mais testes à disposição da população, e a cobertura via plano de saúde, segundo a ANS, poderá aumentar os esforços do país no controle das infecções desencadeadas pela Ômicron, variante do coronavírus, que vem sendo a responsável por uma “pandemia de contaminações”.

 

Além dos testes de antígeno, quem tem plano de saúde no país poderá se valer da cobertura do RT-PCR, dos testes sorológicos por pesquisa de anticorpos IGG ou anticorpos totais.

 

A ANS orienta que o teste de antígeno seja aplicado em pessoas que tiverem ao menos dois dos seguintes sintomas de Covid-19: febre, calafrios, dor de garganta, coriza e dificuldades em sentir cheiro e sabor dos alimentos por um período entre um e sete dias.

 

Ficaram de fora da cobertura crianças com menos de dois anos, pessoas que tiveram teste com resultado positivo para Covid num prazo de até 30 dias e assintomáticos.

 

Risco de desabastecimento

Diante do risco de desabastecimento de insumos para testes de Covid-19, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) recomendou, em nota técnica recente, a priorização de pacientes graves para a realização dos exames.

 

Pela escala proposta pela associação, devem ser testados primeiro os pacientes com maior gravidade de sintomas, casos de hospitalização e cirurgia, pessoas de grupos de risco, gestantes, trabalhadores assistenciais da área da saúde e colaboradores de serviços essenciais.

 

A Abramed aponta que “a alta transmissibilidade da nova variante Ômicron causou aumento exponencial de casos, o que vem demandando significativo aumento da capacidade produtiva global de testes”.

 

A entidade alerta que se não houver recomposição dos estoques “rapidamente” poderá ocorrer falta de oferta de exames. Isso ocorre tanto para os de tipo PCR, como de antígeno.

Fonte Infomoney
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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