O Santander informou na noite de segunda-feira (21) que planeja vender uma fatia de 7,8% na sua unidade no Chile, marcando o mais recente de diversos desinvestimentos que visam fortalecer as taxas de capital do grupo. Com base no valor de mercado do Banco Santander Chile, de US$ 14,25 bilhões, a venda da participação pode render US$ 1,1 bilhão.
Em um prospecto registrado na Securities and Exchange Comission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA), o Santander disse que planeja vender 14,74 milhões de ações, na forma de 14,19 milhões de American Depositary Shares (ADS).
No último dia 16, o Santander divulgou um planejamento similar para a unidade no Brasil, afirmando que poderá vender até 310,8 milhões de ADRs, equivalentes a 8,2% das ações em circulação do Santander Brasil. Com base no valor de mercado atual, a venda da fatia na unidade brasileira pode atingir quase US$ 2,3 bilhões.
O grupo Santander precisa cobrir um déficit de capital de 6,47 bilhões de euros para atender às novas e mais rígidas exigências de capital impostas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês). O banco tem dito que vai reter ganhos e vender ativos para atingir uma taxa de capital Tier 1 de 10% até junho de 2012. Segundo os novos critérios da EBA, o capital Tier 1 do Santander era de 8,12% no fim do terceiro trimestre.
Para a venda das ações na unidade chilena, o Santander, o Bank of America Merrill Lynch e o Credit Suisse vão atuar em conjunto como book-running managers, enquanto o Citigroup será co-manager. Com US$ 49,4 bilhões em ativos, o Santander é o maior banco do Chile, tanto em termos de ativos, como depósitos e patrimônio líquido.
Com sede em Santiago, a instituição tem 11.706 funcionários e opera em todas as regiões do país. As informações são da Dow Jones.