46 anos
Bancária morre após passar por procedimento estético
A bancária Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci, de 46 anos, morreu após passar por um procedimento estético nos glúteos em uma cobertura na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Lilian saiu de Cuiabá (MT) e fez o procedimento no sábado, 14. Após a intervenção plástica, segundo a família da vítima, a mulher passou mal e precisou ser atendida em um hospital no Rio, mas não resistiu.
Conforme o enteado da paciente, ela não foi atendida em uma clínica para realizar o procedimento, mas em uma cobertura na Barra da Tijuca. Lá, ela foi recebida pelo médico. A consulta teria acontecido por volta das 22h do último sábado.
Segundo a Polícia Civil, o médico foi identificado como Denis Cesar Barros Furtado, de 45 anos — bastante conhecido nas redes sociais como "Doutor Bumbum". O próprio médico levou Lilian até o hospital.
A diretoria do hospital para onde a bancária foi encaminhada disse à Polícia Civil que Lilian deu entrada no setor de emergência, acompanhada de um casal. O homem do casal, segundo a diretoria do hospital, era o médico Denis Furtado.
300ml de silicone
Conforme informações do hospital, Lilian estava lúcida e disse que vinha do consultório do médico, onde havia sido submetida ao implante de cerca de 300ml de silicone nos glúteos.
A bancária apresentava taquiacardia, dispneia, cianose, sudorese intensa e hipotensão. Segundo o hospital, a hipótese inicial para a morte é de que a bancária tenha sofrido uma embolia pulmonar, devido a aplicação do silicone.
Após dar entrada no hospital, o quadro clínico de Lilian piorou. Ela passou por quatro paradas cardiorespiratórias, sendo que na última não respondeu as manobras de ressuscitações. A morte da bancária foi constatada por volta das 1h12 do domingo.
"Ela conheceu o médico por indicação. As amigas fizeram, gostaram e indicaram. Ele é um médico muito famoso, o procedimento foi feito no apartamento dele na Barra e teve uma complicação" disse o enteado de Lilian, Alessandro Jamberci.
O EXTRA tentou entrar em contato com o médico citado pela família da vítima: mensagens foram enviadas através de redes sociais. Além disso, a reportagem ligou para o contato disponibilizado pelo próprio médico em suas redes.
Num desses contatos, uma secretária do médico atendeu o telefone e, após concordar que "os dois lados da história tinham que ser ouvidos", ela disponibizou o número dele. Denis, por sua vez, não atendeu as ligações , nem respondeu às mensagens de Whatsapp enviadas.
Na cobertura, a polícia encontrou seringas, luvas e uma maca. Além disso, havia uma Pajero preta na garagem com remédios e outros itens similares utilizados em procedimentos estéticos. O veículo seria utilizado para trazer o material de Brasília, onde ele também operava, para o Rio.
O médico teria feito uso de PMMA no procedimento da bancária. É uma sigla para polimetilmetacrilato, material parecido com plástico, composto por microesferas e utilizado para fazer preenchimentos corporais e faciais. O produto é aprovado pelo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o uso da substância é indicado para situações pontuais e em pequenas quantidades.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que já abriu uma sindicância para apurar os fatos relacionados a esse caso. Todas as sindicâncias abertas pelo Cremerj correm em sigilo de acordo com o Código de Processo Ético Profissional.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação está sob sigilo na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Fonte Com informações do Extra
Postado por Fernando Diegues em Notícias