Nova assembleia de organização da greve, dia 26/09, segunda, 19h, Av. Washington Luiz, 140
Cerca de 100 bancários aprovaram, em assembleia dia 22, por unanimidade greve a partir do dia 27/09, próxima terça-feira, por tempo indeterminado. Nesta sexta-feira, 23/09, a Fenaban agendou mais uma reunião com o Comando Nacional dos Bancários , em São Paulo.
Portanto, dia 26/09, segunda-feira, haverá nova assembleia para organizar o movimento grevista. A assembleia será realizada na Av. Washington Luiz, 140, às 19h. Os bancários estão indignados com a intransigência e ganância dos banqueiros.
“É muito importante a presença de toda a categoria na assembleia do dia 26, para organizar a greve e lutar por melhores salários, condições de trabalho e direitos, que estão sendo seriamente ameaçados pelos banqueiros”, afirma Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Depois de negarem tudo nas três primeiras rodadas de negociação, ainda enrolaram quase um mês para oferecer, dia 20/09, apenas 7,8% como reajuste dos salários. A categoria reivindica 12,8% de aumento salarial.
Para os bancos não existem metas impossíveis, as metas não causam doenças, os bancários não são os que mais adoecem e humilhação e assédio são problemas isolados, não da pressão exercida pela empresa para cumprir metas.
A intransigência e descaso empurram os bancários à greve. A melhoria dos salários e dos direitos somente ocorrerão com a participação dos bancários em assembleias, reuniões e convocações do sindicato!
181 bancários suicidaram-se
Um estudo feito entre 1996 e 2005 apurou junto ao Ministério da Saúde que 181 bancários cometeram suicídio, numa média de um a cada 20 dias. “Eu quis verificar se um fator social – as pressões no ambiente de trabalho – poderia contribuir para desencadear transtornos mentais de tal gravidade que as pessoas perdiam a vontade de viver”, explicou ao site da UnB o pesquisador Marcelo Finazzi, mestre em Administração e autor da dissertação Patologia da Solidão: o suicídio de bancários no contexto da nova organização do trabalho.
Na mesma entrevista, o autor destacou: “Faltam o cumprimento da legislação trabalhista, metas de produção condizentes com a capacidade física e psicológica dos funcionários, assim como o treinamento dos gestores para lidar com os conflitos. O suicídio tem sido o desfecho trágico de muitos trabalhadores que sucumbem às violências do trabalho”.
Bancos rejeitam tudo desde o início
A Fenaban vem rejeitando, desde a 1ª rodada de negociação, dias 30 e 31/08, as reivindicações sobre melhorias das condições de trabalho, respeito à jornada de seis horas, redução de espera na fila, mais contratações, implementação de mais caixas nas unidades, garantia de emprego, fim das terceirizações e extensão do abono-assiduidade para todos os bancários.
Reivindicações salariais mais do que justas
“Nós, bancários reivindicamos reajuste salarial de 12,8%, PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), plano de cargos e salários para todos, mais contratações, fim da rotatividade com garantia de emprego, reversão das terceirizações entre outros itens colocados na pauta entregue, dia 12/08, à Fenaban.
Os 12 maiores bancos do sistema financeiro, que lucraram mais de R$ 27 bilhões no 1º semestre deste ano, tem que fazer a sua parte distribuindo renda e garantindo o emprego”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.