Os bancários, em assembleia, dia 13/05, elegeram 8 delegados e os respectivos suplentes, que defenderão a tese da Intersindical no Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat), que será realizado nos dias 5 e 6 de junho de 2010, no Centro de Convenções Mendes, em Santos. Demonstrando maturidade política 99 bancários participaram da histórica assembleia.
Delegados:
Ricardo Luiz Lima Saraiva(Banco do Brasil),
Eneida Figueiredo Koury(Banco do Brasil),
Fábio Marques dos Santos(Bradesco),
Franciele Jacqueline G. da Silva(Caixa Econ. Federal),
Renata Borges Minas e Sapia(Banco do Brasil),
Carla Renata A. Xavier de Oliveira(Itaú/Unibanco),
Luciano Quartieri(Itaú/Unibanco),
Vanessa Maria Gouvea Gonçalves(Santander/Real).
Suplentes:
Roger Luis de Souza Gonçalves(Bradesco),
Fabiano de Magalhães Couto(Santander),
Vitória Teresa Moreira Jorge(Banco do Brasil),
Ulisses Casari(Banco do Brasil),
Maria Odete Figueiredo X. de O. Gaspar(Bradesco),
Dionísio Duarte(Aposentado),
Fábio Hiroshi(Caixa Econ. Federal).
Os delegados da Intersindical defendem:
Autonomia e independência
O movimento sindical atravessa um momento de dispersão. Com a chegada de Lula à presidência, a central que reunia diferentes experiências sindicais - a CUT - perdeu a independência diante do governo e a capacidade de unificar a diversidade que caracteriza o movimento. Do rompimento com a CUT surgiram várias experiências, como a Intersindical e Conlutas.
Inúmeros sindicatos de diversas categorias participam desde o início, da construção da Intersindical.
Desde o ano passado, centenas de sindicatos debatem a possibilidade de superar a divisão através da construção de uma central mais ampla, articulando Intersindical, Conlutas e outros setores do sindicalismo e dos movimentos de trabalhadores.
Uma central é composta por entidades distintas, com visões diferentes da realidade brasileira.
Mesmo existindo várias divergências entre as organizações que compõe esse processo, isso, não nos impede de construir uma central unitária, até porque um dos princípios básicos desta central será a autonomia das entidades e organizações de base.
Uma Central para lutar pelos direitos dos que vivem do trabalho
Desde a década de 1990 as empresas alteram as formas de contratação de força de trabalho para diminuir salários e direitos. Hoje, temos trabalhadores sem nenhum direito como é o caso dos terceirizados ou estagiários. Há ainda aqueles que estão na informalidade, sem nenhum tipo de representação.
É possível combater a terceirização e as diversas formas de precarização, mas para isso é preciso organizar todos os que vivem do trabalho, o que só é possível através de uma central ampla e plural que unifique o conjunto da classe trabalhadora.
Queremos uma central de trabalhadores que se coloque o desafio de organizar, também, os terceirizados ou aqueles que estão na informalidade.
Sobre o Conclat
Dias 5 e 6 de junho, em Santos, os lutadores sindicais e sociais realizarão o Conclat – Congresso da Classe Trabalhadora, um grande encontro que reunirá quatro mil trabalhadores de todo o País. O objetivo é fundar uma Central que irá organizar todos os que são explorados pelo capital: trabalhadores formais e informais, terceirizados, desempregados, trabalhadores que estudam ou não, negros, brancos, índios, lutadores de movimentos populares, etc. A Intersindical, Conlutas, Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo, MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade), MAS (Movimento Avançando Sindical), têm a responsabilidade de construir este instrumento. Ele representará quatro milhões de trabalhadores organizados em 512 entidades sindicais e movimentos sociais urbanos e rurais do Brasil. Isso demonstra o tamanho da força com que nascerá a Central dos Trabalhadores.