A categoria bancária foi considerada essencial para o atendimento à população durante a pandemia. Milhares estão trabalhando na linha de frente das agências como os trabalhadores da saúde nos hospitais. Assim foi com o pagamento do auxílio emergencial desde o início da pandemia para mais de 68 milhões de pessoas nas agências da Caixa Econômica Federal e as transações comerciais diárias em todos os bancos para não paralisar a economia do país.

 

“Por isso, é uma das categorias mais atingida pelo novo coronavírus. Tem alto número de bancários e bancárias que contraíram. Entre eles, muitos faleceram. Portanto, é necessária que seja incluída pelo governo federal e pelos governos estaduais e municipais entre as categorias prioritárias para a vacinação”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato.

 

Contaminação na Baixada

Apesar dos bancos não disponibilizarem o número de funcionários contaminados, a diretoria do sindicato fez uma estimativa junto aos bancários, até dezembro de 2020, na Baixada Santista:

 

Santander - aproximadamente 80 infectados;

 

Banco do Brasil – aproximadamente 68 infectados

 

Caixa – aproximadamente 50 infectados.

 

Bradesco – aproximadamente 31 infectados;

 

Itaú – aproximadamente 30 infectados.

 

“Estamos entrando em contato com os prefeitos, vereadores e vereadoras da Baixada Santista para que coloquem nossa categoria como prioridade de vacinação. Vamos protocolar ofícios pela priorização nas secretarias de saúde dos municípios”, diz Élcio Quinta, tesoureiro do Sindicato e bancário do Itaú.

 

Ofício foi protocolado em Santos, dia 21/1

Dia 21/1, a presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Eneida Koury, acompanhada da vereadora santista Débora Camilo (PSOL), estiveram na Secretaria de Saúde de Santos/SP, para protocolar ofício solicitando que os bancários sejam vacinados com prioridade. Mais de uma centena, somente na Baixada Santista, já foram contaminados pelo novo coronavírus, assim como suas famílias.

 

A diretoria já mantém contatos com a assessoria do prefeito Kayo Amado, de São Vicente/SP. E está tentando contato com a prefeita de Praia Grande/SP.

 

Com doses limitadas a vacinação deve avançar 2021

Com poucas doses disponibilizadas: somente 6 milhões, na realidade 3 milhões já que são duas doses para cada pessoa e será preciso vacinar pelo menos 150 milhões até chegarmos a imunidade segura no Brasil, segundo especialistas e a falta de logística do governo federal, o tempo de vacinação deve ser prolongado até o final do ano ou até 2022.

 

Já que sabemos da escassez de produção para o mundo inteiro, é imprescindível vacinar antecipadamente a categoria bancária, que cada vez mais retorna ao trabalho presencial.

 

A quantidade aprovada até agora e que está sendo distribuída no Brasil representa, apenas 1,4% do necessário para imunizar toda a população: cerca de 420 milhões de doses.

 

“O Santander, por exemplo, teve algumas de suas agências fechadas para sanitização depois de transmissão em massa. E, depois das demissões impostas, está com quadro tremendamente reduzido”, acrescenta Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato e funcionário do Santander, um dos bancos com maior número de funcionários acometidos pela covid-19 na Baixada Santista.

 

Deputado apresentou indicação ao Ministério da Saúde, mas é pouco!

A luta deve ser travada também nos âmbitos estadual e municipal. O deputado Federal Ricardo Silva (PSB/SP) apresentou, dia 15 de dezembro, a indicação (INC) número 1222/2020 ao Ministério da Saúde, solicitando que o governo inclua os bancários e bancárias na lista de prioridades no plano nacional de vacinação contra a Covid-19. Os profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e idosos já estão entre os primeiros que receberão as doses da vacina.