Não tem arrego!
Bancários e Intersindical participam de ato da greve dos professores em SV
A diretoria do Sindicato dos Bancários, dirigentes da Intersindical - Central da Classe Trabalhadora, juntamente com representantes de outras centrais e sindicatos, participaram do Ato da Greve dos Professores promovido pela Apeoesp/Baixada Santista (Associação da categoria), em São Vicente/SP, na tarde desta quarta-feira (6).
“O apoio fez parte do calendário unificado de lutas das centrais sindicais contra o PL 4330 (terceirização), as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, contra o ajuste fiscal e a imposição do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy (representante dos banqueiros), em deixar a conta para o trabalhador pagar retirando nossos direitos”, afirma Ricardo Saraiva Big, Secretário de Relações Internacionais da Intersindical e Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Também estão previstos atos, dia 14, contra as Organizações Sociais (OSs) que privatizam o serviço público no Estado de São Paulo, inclusive Santos; além de manifestações e paralisações dia 29, contra a terceirização.
Após a concentração na Praça do Correio, Centro de São Vicente, a manifestação seguiu em caminhada até a Diretoria de Ensino da Região de São Vicente (responsável pelas escolas estaduais das cidades de São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe). O prédio foi ocupado pelos manifestantes, que realizaram um ato público e panfletagem dentro da delegacia.
Em seguida, o grupo caminhou até a frente do escritório político do deputado estadual Caio França. O objetivo era entregar uma moção de repúdio ao política pelo seu "não posicionamento em favor da Educação e a sua retirada da Audiência Pública realizada na Alesp, sem ouvir a pauta de reivindicações da categoria", de acordo com o documento. A moção foi entregue para um assessor.
Greve dos Professores
A greve dos professores de São Paulo já dura 55 dias (até 6/5) e a violência e o descaso de Alckmin são intoleráveis. A categoria está com seus salários defasados em 75,33% e o governo do PSDB ofereceu 0% e está descontando os dias parados dos grevistas. A violência contra os professores também acontece no Paraná, onde 392 mestres ficaram feridos depois do ataque da Polícia Militar de Beto Richa; e no Pará, que há 42 dias a greve é desconsiderada por Simão Jatene (até 6/5), todos governadores do PSDB.
Segundo os professores de SP, cerca de 21 mil foram demitidos em 2015 e mais de 3000 salas de aulas foram fechadas. Conforme relatos, eles têm que esperar de 2 a 3 anos numa fila para conseguir se aposentar, mesmo com tempo de serviço suficiente.
Além disso, trabalham em locais sujos, sem ventilação em salas com até 90 alunos, são obrigados a trazer papel higiênico para poder utilizar o banheiro, fazer cotização para comprar café, açúcar, filtro e outros utensílios para a cozinha, ou seja, o governo sucateou a educação em São Paulo com a precarização das condições de trabalho.
“Queremos Educação pública e de qualidade para todos. A Intersindical e o Sindicato dos Bancários de Santos e Região estão e sempre estarão juntos em apoio às categorias que lutam por melhores condições de vida para a classe trabalhadora”, finalizou Eneida Koury, da Executiva Nacional da Intersindical e Secretária Geral do Sindicato dos Bancários.
Fonte Imprensa SEEB Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias