Os bancários realizarão assembleia nesta sexta-feira, 07,11º dia de greve, às 19h, na Av. Washington Luiz, 140, Santos/SP, para organizar e adotar novas medidas para o movimento, que continua na próxima semana, diante da irresponsabilidade dos bancos em não querer negociar.
“Os banqueiros deveriam estar antenados nos protestos contra o acúmulo de riquezas pelo sistema financeiro e o empobrecimento dos norte americanos, em Wall Street, Nova York, EUA. Um dos maiores já vistos naquele país. Isto vai chegar aqui mais cedo ou mais tarde, para que eles distribuam a renda que abarrotam seus cofres”, indigna-se Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Bancos
“A Fenaban – Federação Nacional dos Bancos, que representa os banqueiros, não tem a mínima preocupação com a população, clientes e funcionários. Apesar de lucrarem bilhões, oferecem reajustes rebaixados, cobram taxas abusivas dos clientes, demitem funcionários em massa, oferecem atendimento precário para os correntistas e aposentados e expulsam a população de baixa renda de suas agências, como se fossem seres humanos de 3ª categoria. E ainda, segundo a receita federal, sonegam Imposto de Renda.
Uma verdadeira exploração, roubo e discriminação contra a população brasileira e os trabalhadores responsáveis por produzirem os lucros magníficos que lotam os cofres dos banqueiros”, indigna-se Big.
Lucros
“Os 12 maiores bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre do ano. No entanto, eles propuseram reajuste de 8% aos bancários, o que significa praticamente apenas a reposição da inflação. Enquanto isso, altos executivos chegam a ganhar até 400 vezes o valor do piso da categoria, mostrando que eles não querem distribuir renda e ajudar o Brasil a se desenvolver”, ressalta Eneida Figueiredo Koury, Secretaria Geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Banqueiros empurram categoria à greve
“Para atingir estes lucros gigantescos, os bancos pressionam os trabalhadores bancários a vender produtos aos clientes, mesmo que eles não precisem ou sejam aposentados que recebem apenas um salário mínimo do INSS. Exigem metas cada vez maiores, impossíveis de serem atingidas. Por causa dessa pressão e do assédio moral, os bancários estão adoecendo cada vez mais. Mas os banqueiros não querem discutir medidas para preservar a saúde dos trabalhadores. Sendo assim, não restou outra alternativa para os bancários, após cinco rodadas de negociações sem receber uma proposta decente dos bancos senão a greve, o único instrumento capaz de sensibilizar os banqueiros, pois mexe nos seus bolsos”, explica Big.