Santander demite e não contrata

Bancários fazem protesto por mais contratações no Santander de Cubatão

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Bancários fazem protesto por mais contratações no Santander de CubatãoGustavo Mesquita

A diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região realizam protestos com carro de som, distribuição de cartas abertas, cartazes e faixas na frente de agências do Santander por mais contratações e fim das demissões

A Campanha Salarial 2022 e por melhores condições de trabalho para a categoria bancária teve início em junho, a data base é 1º de setembro.  Os bancários vêm enfrentando inúmeros problemas com as demissões em massa em todo o Brasil.

 

Por isso, bancários e a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região realizam protestos com carro de som, distribuição de cartas abertas, cartazes e faixas em frente a superintendência de Cubatão, nesta quarta-feira (27/7), das 10h às 12h, na Av. 9 De Abril, 2270 – Cubatão/SP. O banco além de demitir aumentou o horário de atendimento para os poucos que ficaram.

 

Também serão realizadas manifestações amanhã, dia 28, na Praia Grande, Av. Presidente Costa e Silva, 502 – Centro, e no Gonzaga, em Santos/SP, Av. Ana costa, 481, todas das 10h às 12h.

 

Santander

Por exemplo, o banco espanhol Santander apesar de lucrar R$ 4,005 bilhões no 1º trimestre deste ano, não contrata funcionários, muito pelo contrário demitiu em massa durante a pandemia. “O Sindicato é a favor da ampliação do horário de funcionamento, desde que o banco espanhol contrate mais bancários para trabalhar em dois turnos. Diminui o desemprego, melhora as condições de trabalho e o atendimento”, afirma Élcio Quinta, presidente do Sindicato.

 

 “Não é justo que os clientes sejam mal recepcionados com atendimento precário e desumano onde os bancários trabalhem em condições que os adoecem. Somente com o lucro obtido por tarifas pagas pelos clientes o Santander paga toda sua despesa administrativa e ainda sobram milhões”, diz Fabiano Couto, direto do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Santander.

 

Segundo dados do Dieese, com as tarifas pagas pelos clientes, somente no 1º trimestre de 2022, o Santander pagou 185,2% de todas as suas despesas administrativas e com pessoa, paga e sobram milhões. Sem contar com os outros canais de lucro como a venda de produtos, empréstimos e especulação na bolsa.

 

Mesmo assim, o banco demite e aumentou o horário de atendimento em 2h, desde dia 18 de julho, sem contratar ninguém, adoecendo os já sobrecarregados funcionários. O que piorou o atendimento aos clientes.

 

“As unidades têm um mínimo de funcionários, já estressados com o acúmulo de cargos e serviços, que não dão conta depois das demissões praticadas pelo Santander, durante a pandemia. Os brasileiros são responsáveis por quase 30% do lucro mundial do conglomerado Santander”, assinala Couto.

 

Dados do balanço do Santander mostram que, em um ano, a carteira digital do banco cresceu 17%; no mesmo período houve crescimento de 8% de clientes tradicionais. Em cinco anos, do primeiro trimestre de 2016 ao primeiro trimestre de 2022, a média de clientes por funcionário cresceu de 656 para 1.116. No período houve aumento de 166% no número de clientes e redução de 2,1% no número de funcionários.

 

Tarja preta

A categoria bancária é uma das que mais fazem uso de ansiolíticos tarja preta. O bancário ou bancárias apresentam alta incidência de Síndrome de Burnout, um transtorno de tensão emocional de caráter depressivo relacionado ao trabalho em que o estresse leva a pessoa ao esgotamento e exaustão. A causa é a pressão por metas, acúmulo de função e o assédio por produtividade.

 

Com tantos problemas enfrentados por esses profissionais, recorrer ao recurso medicamentoso para amenizar os efeitos do trabalho, faz com que o consumo de tarja preta seja elevado em comparação com outros profissionais.

 

Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT): 21,20% do total de afastados por transtornos depressivos recorrentes no país são da categoria bancária.

 

Veja as práticas do banco espanhol que adoecem os trabalhadores no Brasil:

Terceirização com salários menores;

Acúmulo de função;

Redução de cargos;

Demissões e extinções de cargos.

Fonte Comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias
Atualizado em: 27 de julho de 2022

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