Na luta contra o PL 4330
Bancários protestam contra terceirização no Banco do Brasil
A Superintendência Regional do Banco do Brasil (BB), na Av. Paulista, em São Paulo, foi paralisada, dia 13/09, por bancários da Baixada Santista (representados pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região), Capital e outras regiões do estado na luta contra as terceirizações. A Intersindical junto com a CUT, UGT e CTB também engrossaram o ato que, em plena “sexta-feira 13”, soltou os demônios na rua para denunciar situações de assédio moral, cobrança por metas e terceirizações fraudulentas. A manifestação, que montou um “portal do inferno” na frente do prédio da Superintendência, foi mais uma prova da unidade da categoria, que um dia antes rejeitou a proposta pífia de reajuste oferecido pela Fenaban e decretou greve a partir de 19 de setembro.
Um dos alvos do protesto foi a Diretoria de Distribuição São Paulo (Disap), setor que gerencia as agências em todo o estado de São Paulo e responsável pela pressão para o cumprimento de metas, com cobranças três vezes por dia. A paralisação serviu para alertar funcionários do BB e a população sobre o mecanismo usado pelo banco para terceirizar empregos e precarizar as condições de trabalho dentro da instituição. A ação resultou no agendamento de uma reunião para debater o problema. Cobra Tecnologia Segundo os dirigentes sindicais, funções no setor contábil e de monitoramento dos terminais de autoatendimento são executados por terceirizados.
O processo acontece por meio de uma subsidiária, a Cobra Tecnologia (que mudou seu nome para BB Tecnologia), e já houve o anúncio da ampliação do uso de trabalhadores da empresa para a área de crédito imobiliário. O esquema usado no Banco do Brasil é uma amostra do que acontecerá se for aprovado o Projeto de Lei 4330, o Projeto das terceirizações.
A proposta visa escancarar o uso de trabalhadores terceirizados em diversos setores e reduzir direitos. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), quem trabalha em firmas terceirizadas recebe salário 27% menor que o contratado direto; Tem jornada semanal de 3 horas a mais; permanece 2,6 anos a menos no emprego do que um trabalhador contratado diretamente; a rotatividade é maior – 44,9% entre os terceirizados, contra 22% dos diretamente contratados; a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre os trabalhadores terceirizados. Ainda segundo o Dieese, o número de óbitos no local de ofício é cinco vezes maior do que entre os contratados diretos, nos setores petrolífero e elétrico.
Durante o ato na Avenida Paulista, o banco se manifestou e marcou uma reunião com representantes da categoria. O encontro está previsto para segunda-feira (16) e debaterá algumas questões específicas do banco, além do PL 4330. "O ato cumpriu seu objetivo", ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva Big. Os bancários, em uma clara demonstração de unidade estadual na luta pela categoria, também estavam representados pelos sindicatos de São Paulo, ABC, Bragança Paulista, Guarulhos, Sorocaba, Franca, Campinas, São José dos Campos, Guaratinguetá, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, além da Contraf, Fetec e FEEB SP-MS
Fonte Imprensa SEEB Santos e Região com informações do SEEB São Paulo
Postado por Fabiano Couto em Notícias