Campanha Nacional dos Bancários

Bancários querem mais contratações, fim das demissões e da precarização

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Bancários querem mais contratações, fim das demissões e da precarização

Comando Nacional propõe maior equilíbrio entre dias trabalhados, com momentos de descanso e lazer, com redução da jornada para quatro dias; proposta pode aumentar produtividade e satisfação com o emprego

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu na manhã desta segunda-feira, 27, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na segunda reunião de negociação da Campanha Nacional 2022 da categoria após a entrega da minuta de reivindicações. Nesta rodada foram cobrados a garantia dos empregos, o fim da terceirização, que se amplia no setor bancário, a preparação dos trabalhadores para as mudanças tecnológicas e a redução da jornada de trabalho para quatro dias.

 

Desde 2013, houve uma redução de 77 mil postos de trabalho na categoria bancária, como consequência, entre outras coisas, da introdução de novas tecnologias, fechamento das agências bancárias e mudança das exigências no perfil do trabalhadores e das agências.

 

Os bancos alegam que as mudanças ocorreram em função do aumento da concorrência, mas entre 2013 e 2021, mesmo com o surgimento de novos concorrentes, os bancos não perderam participação de mercado, ao contrário, houve aumento de 86% para 87% na participação nas operações de crédito. As instituições não bancárias de crédito (onde estão algumas fintechs) saíram de 0,7% para 0,9% de participação, ou seja, um aumento irrelevante. Mesmo as cooperativas com todo crescimento que tiveram saíram de 2% de participação no crédito para 6%.

 

Lucros exorbitantes

Nos últimos 10 anos, o lucro dos bancos cresceu 15% acima da inflação. Em 2021, os cinco maiores bancos do país (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander) lucraram R$ 107,7 bilhões, 34,1% maior do que no ano anterior. No primeiro trimestre de 2022, o montante somou R$ 27,6 bilhões, 17,5% maior do que no mesmo período do ano passado. Com crise ou sem crise, os bancos seguem ampliando seus lucros.

 

Pioneirismo da categoria

Ao levantar o tema da redução da jornada de trabalho para quatro dias na semana, o Comando Nacional dos Bancários lembrou do pioneirismo da categoria. O movimento sindical bancário quer novamente inovar e colocar no debate a apropriação pelos trabalhadores dos benefícios trazidos pelas novas tecnologias. Elas ajudam a aumentar a produção do trabalho, pensando na continuidade do aumento da produtividade, se propõe a redução de jornada para quatro dias. 

 

Pesquisa feita na Europa aponta que a redução da jornada aumenta a satisfação e a produtividade dos trabalhadores. Porém, a tecnologia também trouxe a intensificação do trabalho. Bancários ficam ligados 18h ou 20h por dia. Um dia a mais de descanso o ajuda a se desligar do trabalho, reduz o estresse e o adoecimento e aumenta a produtividade, com maior equilíbrio entre trabalho e momentos de lazer e satisfação.

 

Para o Comando Nacional dos Bancários, a classe trabalhadora vem sofrendo com a redução de direitos. Hoje os trabalhadores têm sido forçados a aceitar ocupações precarizadas, com redução de direitos, sem proteção social, trabalhista e previdenciária. Em diversos países, essa realidade vem sendo debatida e surgem propostas para reduzir a flexibilização de direitos. Não há como discutir emprego sem debater a necessidade de humanização do trabalho. É impossível continuar com os modelos de gestão que levam ao adoecimento psíquico, ao aumento da ansiedade e do estresse dos trabalhadores.

 

Terceirização

O Comando Nacional dos Bancários também ressaltou a necessidade de se discutir a requalificação dos trabalhadores para que eles possam assumir novas funções devido às inovações tecnológicas que foram introduzidas na sociedade e no setor bancário, assim como a redução de número de postos de trabalho bancário, não do setor financeiro, devido a terceirização, com migração de bancários para o setor financeiro, em empregos precarizados, com representação diferente e menos direitos.

 

A reforma trabalhista foi apoiada pelo empresariado, inclusive pelos bancos. E a sociedade empobreceu devido a isso. Aumentou a concentração de renda. Com aumento de pessoas milionárias e aumento da desigualdade. Hoje, grand parte da população brasileira não tem condição de fazer três refeições por dia. Esse é um debate que o movimento sindical quer fazer com a sociedade e também na mesa de negociação, pois o setor financeiro é muito importante e não se pode aceitar que transformem os bancários em autônomos. Os trabalhadores preferem o trabalho formal, mas não têm como recusar o que os bancos estão fazendo, pois não têm outro jeito, se não aceitam, perdem o emprego.

 

Continuidade das negociações

A comissão de negociação da Fenaban vai levar as propostas apresentadas pelos Comando para negociação com os bancos. Ao final das negociações será apresentada uma proposta global, com todos os temas em negociação. Veja abaixo o calendário de negociações.

 

Calendário de negociações:

Quarta-feira, 6 de julho: Cláusulas sociais e segurança bancária

Sexta-feira, 22 de julho: Cláusulas sociais e teletrabalho

Quinta-feira, 28 de julho: Igualdade de oportunidades

Segunda-feira, 1 de agosto: Saúde e condições de trabalho

Quarta-feira, 3 de agosto: Cláusulas econômicas

Quinta-feira, 11 de agosto: Continuação das cláusulas econômicas

Fonte Com informações da Contraf
Postado por Comunicação SEEB Santos e Região em Notícias

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