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Bancários retomam debate sobre exames médicos do Santander no dia 16

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Bancários retomam debate sobre exames médicos do Santander no dia 16

O movimento sindical, através de um grupo de trabalho em saúde do trabalhador, voltam a se reunir na próxima terça-feira (16), das 15h às 17h, com o médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do Santander, Gustavo Locatelli, para continuar a discussão sobre a denúncia, apresentada na primeira rodada de negociação do acordo aditivo, acerca da existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto. A reunião será realizada no espaço do Banesprev no prédio do ex-Banespa.

A primeira reunião com a participação do médico ocorreu no dia 23 de outubro e, na ocasião, ele ouviu relatos indignados de dirigentes sindicais e prometeu trazer encaminhamentos.

Os representantes dos trabalhadores já entregaram ao Santander um formulário de "prontuário clínico" da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo banco para fazer exames como os periódicos e os de retorno ao trabalho. No prontuário há um espaço de "fluxo para inaptidão", onde o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão".

Os representantes dos trabalhadores apresentaram também depoimentos de funcionários afastados, inclusive em áudio, comprovando o procedimento ilegal. Uma trabalhadora da Bahia, com vários sintomas de LER/Dort, disse que, após ser atendida, o médico pediu que ela saísse da sala para aguardar o resultado. "Ele tinha que entrar em contato com a empresa do banco para analisar a possibilidade de caracterizar a inaptidão ao trabalho", relatou.

Gustavo, que assumiu o cargo em janeiro, disse que não existe cerceamento no julgamento sobre inaptidão e que as avalições preservam a autonomia do médico.

Os dirigentes sindicais cobraram medidas urgentes do banco, como o fim da utilização desse prontuário da Micelli e a formação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate sobre o problema. O caso é passível de ações judiciais e denúncias junto aos órgãos competentes. 

Fonte Contraf
Postado por Fabiano Couto em Notícias

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