Pressão no Santander
Banco Central garante: bancários do Santander têm 1 ano para obter o CPA 10
Os bancários do Santander, que mudarão de cargos, estão sendo pressionados, desde dezembro de 2018 de forma ilegal e contra a resolução 3057 do Banco Central (BC), a pagar do próprio bolso para cursar o CPA 10, até março/2019. “Com ameças veladas de demissão conforme denúncia”, relata Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do Santander.
No entanto, a Resolução do BC 3057 (revogada pelo texto da Resolução 3158, de 17/12/2003) diz no Artigo 1º:
Estabelecer que os empregados das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, para exercerem, na própria instituição, as atividades de distribuição e mediação de títulos, valores mobiliários e derivativos, devem ser considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica.
Parágrafo Único: Na hipótese de o empregado passar a exercer atividade diferente daquela para a qual tenha sido considerado apto, na própria instituição ou em outra, a habilitação para o exercício da nova atividade, se exigida, deve ser providenciada no prazo de um ano, contado da data da mudança de atividade.
Portanto, está claro que os funcionários que mudarem de cargos, principalmente caixas, terão até UM ANO PARA OBTER O CERTIFICADO CPA 10, CONTADO DA DATA DE MUDANÇA DE ATIVIDADE.
Mudanças
O Santander começará a implantar um processo de unificação de funções na rede de agências. Os cargos envolvidos serão os de caixas, agente comercial, coordenador de agência, gerente Pessoa Física e assessor Pessoa Física. Os trabalhadores que ocupam essas funções passarão a se chamar gerentes de negócios e serviços. Os representantes do banco disseram que não haverá terceirização de funcionários, e haverá jornadas de oito e seis horas.
É o caso da Agência Work Café. Pelo novo modelo, a unidade funciona como café e mantém um corpo de funcionários para atendimento ao público em horário diferenciado e um corpo de terceirizados para prospecção de clientes. Atualmente, existe uma unidade em São Paulo e outra no Rio de Janeiro.
Lucro
Em 2018, o banco lucrou R$ 12,166 bilhões, um aumento de 52,1% em relação a 2017. O Santander ao invés de retirar caixas e empurrar os clientes para o autoatendimento, pressionar funcionário a cumprir metas impossíveis poderia e deveria investir em pessoal para melhorar as péssimas condições de trabalho e atendimento pessoal. E colaborar para aumentar postos de trabalho no Brasil, onde obtém 25% do seu lucro mundial!
Fonte Comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias