Greve no BC
Banco Central: Servidores declaram greve a partir de 1º de abril
A principal reivindicação é o reajuste salarial e reestruturação da carreira. Os funcionários do Banco Central estão há três anos com os salários congelados
Uma greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia dos servidores do Banco Central na última segunda-feira (28). A paralisação deve se iniciar no dia 1º de abril.
Segundo a representação da categoria, uma reunião no dia 26 de março com a presidência do BC não foi bem-sucedida. A principal reivindicação é o reajuste salarial de 26,3% e reestruturação da carreira. A mobilização se iniciou após notícias de que não haveria reajuste para servidores federais, mas que aumentos deveriam ocorrer para policiais.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central - SinTBacen, os funcionários do Banco Central estão há três anos com os salários congelados. As perdas acumuladas, nesse período, chegam a 55%, segundo cálculos com base no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Por outro lado, as reivindicações por reestruturação na carreira ocorrem há quase duas décadas.
Em nota, o SinTBacen informou que a paralisação deve afetar “serviços de distribuição de numerário (cédulas e moedas) na rede bancária nacional, atendimento ao público, transações via PIX e segurança, entre outros”.
Aviso foi dado
Desde 17 de março a categoria vinha realizando interrupções parciais do trabalho, usualmente no período entre 14h e 18h. Além disso, durante as atividades, adotou-se a chamada operação-padrão, em que rotinas do serviço foram atrasadas e conduzidas de forma mais lenta. A mobilização anterior à greve afetou, por exemplo, a divulgação de indicadores econômicos a cargo da instituição.
Outros serviços afetados foram a divulgação do Boletim Focus, divulgado nas últimas duas semanas com atraso no horário.
Com a greve, dados estatísticos divulgados mensalmente cuja apresentação estava prevista para esta semana já serão afetados. Exemplos são os relatórios de contas externas, do mercado de crédito e das contas públicas.
Escrito por: Rafael Locateli
Fonte recontaaí.com.br e CUT com edição da comunicação do Seeb de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias