Ganância
Bancos querem retirar direitos e reduzir percentual de PLR
Percentual de distribuição vem caindo ano após ano. Os bancários de Santos e região vão avaliar a proposta da Fenaban em assembleia presencial que será realizada a partir de 19h de sexta-feira 26, na Sede do Sindicato ( Av. Washington Luiz, 140 - Santos). Participe!
Na reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, nesta quarta-feira (24), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) trouxe uma proposta para a Participação nos Lucros e Resultados que gera redução do percentual distribuído pelos bancos para a categoria e ainda querem compensar o valor pago em programas próprios na parcela adicional. O Comando recusou a proposta.
Os bancos começaram a reunião propondo manter o texto da clausula sobre PLR da CCT atual, com correção de apenas 6,22% sobre o valor do teto. Com a proposta apresentada pelos bancos, nos três maiores bancos privados do país (Bradesco, Itaú e Santander) o percentual de distribuição na regra básica cairia de 4,97% do lucro distribuído em 2021 para 4,89% neste ano. Na parcela adicional a redução seria de 1,69% para 1,63%.
Nova proposta com perdas
Após recusa do Comando e pausa na reunião, os bancos voltaram e apresentaram uma correção no teto de 6,73%. Com a nova proposta apresentada pelos bancos, o percentual distribuído nos três maiores bancos privados do país cairia de 4,97% do lucro distribuído em 2021 para 4,85% neste ano na regra básica. Na parcela adicional a redução seria de 1,69% para 1,64%.
Em 1995, os bancos já chegaram a distribuir, em média, 14% dos lucros a título de PLR. No ano passado caiu para 6,6% e agora querem reduzir ainda mais. Já chegamos à décima quinta mesa de negociação e os banqueiros ainda não apresentaram uma proposta de índice para reajuste dos salários. É desrespeito com a categoria que constrói seus lucros bilionários.
Com estes limitadores, o percentual distribuído é cada vez menor, porque os lucros crescem, mas os tetos e as parcelas fixas limitam a distribuição aos trabalhadores.
Ferramenta de assédio
Com relação ao interesse dos bancos de querer compensar os valores pagos pelos programas próprios na parcela adicional da PLR da categoria, o Comando ressalta que será utilizada como mais uma ferramenta de assédio moral.
Os bancos, por meio de seus gestores, vão utilizar como argumento para aumentar ainda mais as cobranças abusivas pelo cumprimento de metas.
Compensar programas próprios na parcela adicional da PLR, o que deixa os trabalhadores ainda mais vulneráveis às cobranças por metas.
Assembleias
Sindicatos da categoria de todo o país vão realizar assembleias na sexta-feira (26) para que os bancários analisem a proposta da Fenaban e autorize o estado de assembleia permanente.
Continuidade das negociações
A próxima reunião de negociação está marcada para esta quinta-feira (25), a partir das 14h, presencialmente, em São Paulo. Mas, o Comando pediu para que os bancos avaliem a necessidade da reunião e a mesma aconteça apenas se houver propostas que reconheçam o trabalho da categoria.
Fonte Com informações Contraf - 24/08/22
Postado por Fabiano Couto em Notícias