Desmonte da Previdência

Banqueiros doaram R$ 530 mil para relator da reforma da Previdência

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Banqueiros doaram R$ 530 mil para relator da reforma da PrevidênciaVitor Teixeira

Parlamentares questionaram indicação do presidente que teve campanha financiada por interessados em previdência privada

Depois de muita confusão, a comissão especial mista que vai apreciar a proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, referente à reforma da Previdência, foi instalada na quinta-feira (9) e, poucos minutos depois, já deu início aos trabalhos. Os deputados contestaram a forma de indicação do presidente da comissão, questionaram a isenção do relator e a quebra do regimento interno com manobras dos governistas para manter o controle do colegiado. Muitos recursos foram apresentados e ficaram de ser avaliados.


O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) teve 22 votos e presidirá a comissão. Disputaram o cargo com ele Pepe Vargas (PT-RS), que recebeu oito votos, e Major Olímpio (SD-SP), com quatro. A oposição questionou o fato de Marun ter sido indicado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sem que fossem levadas em conta questões como a proporcionalidade de cada bancada.


Marun é conhecido pela defesa de posturas conservadoras na Casa, por ser ligado ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e por ter apoiado o impeachment.


O relator da PEC é Arthur Maia (PPS-BA). O deputado foi alvo de recurso apresentado pela bancada do Psol, de autoria do deputado Ivan Valente (SP), que questionou a sua isenção para relatar uma matéria sobre o tema, por ter recebido financiamento de campanha de empresas e bancos relacionados ao setor de previdência privada. “O que faz com que, declaradamente, ele não tenha condições de ocupar a relatoria, já que estas empresas possuem interesse na mudança das regras previdenciárias.”


Uma das empresas patrocinadoras do deputado citada pelo parlamentar do Psol é a Bradesco Vida e Previdência – que fez doações de R$ 300 mil para a campanha de Arthur Maia em 2014. Também financiaram a campanha de Maia, segundo nota do UOL, Itaú Unibanco (R$ 100 mil), Safra (R$ 30 mil) e Santander (R$ 100 mil) – instituições financeiras que negociam planos de previdência privada.

Fonte Com informações da Rede Brasil Atual
Postado por Fernando Diegues em Notícias

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