Mudança no GDP, NÃO!
BB: funcionários cobram ampliação do teletrabalho e rejeitam mudança na GDP
Negociação entre representantes dos funcionários e BB discute cláusulas sociais, na 9ª rodada, tem cobrança de ampliação de teletrabalho e rejeição à mudança no GDP
Foi realizada na noite de terça-feira 23, no âmbito da Campanha Nacional Unificada dos Bancários (campanha salarial), a 9ª negociação entre o movimento sindical e representantes do banco para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos funcionários do BB, na qual foram discutidas propostas relacionadas com as Cláusulas Sociais.
Entre os temas debatidos estão: teletrabalho; GDP e banco de horas negativas.
Teletrabalho
Durante a negociação, os sindicalistas cobraram a ampliação do teletrabalho no Banco do Brasil(BB). Principalmente os funcionários das áreas-meio e escritórios digitais reivindicam a ampliação, disseram os representantes dos bancários. Indagaram ainda, o porquê do programa Flexy, novo modelo para possibilitar mais dias de atividades remotas aos funcionários, não foi implantado, já que foi apresentado em 2020, pelo BB. Na ocasião, a própria direção do banco reconheceu as vantagens do teletrabalho na redução de custos.
Perguntaram também qual a finalidade de o banco distribuir equipamentos e criar um plano de contingência em TELETRABALHO PARA O CASO DE A CATEGORIA BANCÁRIA ENTRAR EM GREVE, mas não tem o mesmo ímpeto e organização para atender a reivindicação de ampliação do teletrabalho?
No acordo vigente, os bancários do BB só podem atuar em teletrabalho dois dias na semana ou o equivalente mensal. Além disso, cada departamento pode ter, por dia, o máximo de 30% dos funcionários em teletrabalho, considerando neste percentual também as ausências físicas programadas, como férias e abonos.
O movimento sindical lembrou que os funcionários foram para o teletrabalho na pandemia, mantiveram alta produtividade e reduziram custos para o banco.
GDP
O banco insistiu na mesa de negociação em mudanças nos critérios da GDP (Gestão de Desenvolvimento por Competências), reduzindo os atuais três ciclos de avaliação a apenas um para que o funcionário possa ser dispensado da função ou descomissionado. “Não a menor possibilidade de discussão sobre este assunto com o banco”, afirma Eneida koury, Secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancária do BB. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil rejeitou a proposta pela terceira vez na mesa.
Banco de horas negativas
Os representantes do BB apontaram na negociação que 20.912 funcionários ainda devem ao banco de horas negativo, em decorrência do Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial da Covid-19, e propôs a prorrogação por mais 18 meses do acordo de banco de horas, cumprido em até duas horas acima da carga diária de trabalho.
“A prorrogação, nestes termos, não é a solução para esta situação. Os bancários não podem ser punidos por conta da pandemia e por um dimensionamento equivocado por parte do banco durante este período. Nossa reivindicação é a anistia das horas para os empregados que não puderem compensar, como é o caso dos trabalhadores mais velhos, que enfrentariam uma sobrecarga absurda com mais duas horas de trabalho diárias”, defende Getúlio Maciel, da Comissão dos Empregados.
Fonte SEEB de São Paulo com edição da comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias