BB mantém intransigência e não debate questões específicas

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BB mantém intransigência e não debate questões específicas

Na negociação ocorrida nesta 6ª feira última (17/09), entre a comissão de empresa e os representantes da direção do BB, não houve avanços significativos. Cumprimento de cláusulas firmadas em anos anteriores e do acordo do ano passado: Foi reivindicado ao BB que cumprisse com cláusulas do acordo firmado ano passado como por exemplo, contratação de 10 mil bancários(as). A comissão de empresa também se posicionou contrária as iniciativas do BB que vão em arrepio do firmado no ano passado acerca das contratações, ou seja, ao invés de realizar concursos e convocar os já aprovados, o BB intensifica ações de terceirização e expansão de correspondentes bancários. E por falar em expansão, foi cobrado que o BB cumpra o firmado no Acordo Marco Global subscrito em 2006 que prevê respeito e tratamento adequado a funcionários e dirigentes sindicais nos países em que o BB atua, haja vista que a expansão do BB para regiões outras do mundo tem sido acompanhada pelo desrespeito para com os trabalhadores locais. Funcionários incorporados: Outro assunto importante tratado na reunião desta sexta-feira foi a problemática situação dos funcionários egressos dos bancos incorporados (Besc, BEP e Nossa Caixa). Essas questões começaram a ser discutidas na mesa temática de incorporação, mas ficaram pendentes, à espera de solução nas negociações específicas deste ano. Os problemas mais graves são: a indenização da antiga gratificação variável, a parte do salário transformada em Vencimento de Caráter Pessoal Incorporado (VCPI), cobertura de plano de saúde e adesão ao plano de previdência. Os representantes do banco informaram que foram solucionados os problemas relacionados à habitualidade (horas extras) e que a empresa pretende discutir no acordo coletivo a questão da gratificação variável. Sobre as outras questões, o banco promete apresentar informações na próxima reunião. PCCS: No primeiro item da minuta de reivindicações, referente ao Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), as partes debateram item por item. Ressaltamos que o aumento do piso da carreira administrativa é considerado fundamental para a valorização dos funcionários. O banco, no entanto, oferece piso abaixo da média de entrada no mercado, o que tem causado grande insatisfação na categoria. Jornada de 6 horas e outras reivndicações Outro item importante debatido foi a jornada de seis horas para os cargos técnicos, com inclusão dos 15 minutos de descanso alimentação. O banco se mostrou aberto à discussão, mas entende ser o tema de difícil solução durante a campanha. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram a extensão do crescimento horizontal para todas as funções comissionadas, não se limitando apenas ao que é praticado hoje na área de gerência de módulo. Também foram pedidos: a criação de um processo de incorporação de 1001as comissões por ano nos salários; a revisão do valor das comissões da gerência média; o fim da trava de dois anos, com atenção especial para os comissionados nas Centrais de Atendimento (CABBs), onde se verificam alta probabilidade de problemas de saúde, desvios e desvalorização funcionais. A representação dos trabalhadores exigiu também que fosse transferida para a Gepes a alçada de descomissionamento e que essa medida só ocorra após, no mínimo, três ciclos avaliatórios, garantindo ao funcionário oportunidades de capacitação e tempo para desenvolvimento profissional. Foram cobrados do banco o retorno das substituições e o fim da lateralidade em todos os casos de substituição de gestores, incluindo gerência média em todas as unidades. Outras reivindicações apresentadas: a criação de um auxílio para reembolsar funcionários com despesas educacionais próprias ou de dependentes; ampliação da licença-paternidade; licença para acompanhamento de filhos deficientes sem limite de idade; aumento do número de delegados sindicais eleitos; revisão dos critérios de concessão de vale-transporte; isenção de todas as tarifas e anuidades de serviços bancários; manutenção do programa PAS; manutenção e revisão do programa de gestão da ética; concessão de licença-prêmio para todos e renovação de diversas cláusulas do acordo de 2009. Segurança e portas giratórias Durante o debate sobre a cláusula de indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto, seqüestro ou extorsão, foi solicitada ao banco a suspensão imediata da retirada de portas giratórias de algumas agências, medida que faz parte do projeto de ambientação. Apontamos para os representantes do BB, os riscos de violência a que todos os bancários e clientes ficam expostos com a facilitação da entrada de pessoas armadas na agência bancária. Após a argumentação, os representantes dos funcionários pediram a ampliação do debate e acesso ao projeto em caráter sigiloso, procedimento fundamental em medidas de segurança. Voltou à discussão a questão da instalação de CCPs (CCVs). Reafirmamos nossa posição contrária à assinatura porque o banco quer impedir uma possível nova reclamação daqueles que participaram de alguma conciliação. A representação dos trabalhadores pediu ainda a suspensão da reestruturação da Diretoria Comercial anunciada nos últimos dias, durante a campanha, que afeta cerca de 500 funcionários, que serão transferidos ou perderão a função comissionada. A reunião foi presenciada por uma observadora internacional, ligada à federação dos empregados do banco nacional da Índia, Vijay Alakshmi Manilal Nair, que realiza uma pesquisa sobre as negociações coletivas dos bancários no Brasil. No debate sobre carreira, os representantes do funcionalismo reforçaram a necessidade de criação de novo sistema de seleção interna, que vá além do TAO - que se restringe às inscrições nas oportunidades de encarreiramento -, e de estabelecimento de critérios para um processo isento, sem a possibilidade de indicações de caráter pessoal. Foi reivindicado também a instalação de um setor encarregado de criar um programa de promoção de igualdade de condições, de direitos e de oportunidades de encarreiramento, respeitando-se as questões de gênero, raça e orientação sexual e deficiências. Essa área seria responsável pela difusão de conceitos básicos de igualdade de oportunidades e pelo combate à discriminação desses grupos nos processos seletivos.

Fonte Bancários na Luta com contraf
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