Lucros
Bradesco divulga resultados em meio a disputa com Santander
O Bradesco anunciou nesta quinta-feira (31) ter registrado lucro líquido contábil de R$ 5,08 bilhões no quarto trimestre de 2018, uma alta de 1,4% em relação aos três meses anteriores.
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Já no acumulado no ano passado, o lucro do banco atingiu R$ 19,085 bilhões, o que representa um crescimento de 30,19% na comparação com 2017 (R$ 14,659 bilhões).
Já o lucro líquido recorrente (que desconsidera efeitos extraordinários) foi de R$ 5,83 bilhões no 4º trimestre (alta de 6,6%), somando R$ 21,564 bilhões no exercício de 2018 (alta de 19,9%).
Depois que o Santander Brasil surpreendeu o mercado, ontem, ao anunciar que o seu índice de retorno sobre patrimônio (ROE, da sigla em inglês) avançou para 21,1%, os investidores querem saber por que o Bradesco ficou para trás no ranking de rentabilidade das instituições financeiras.
O Santander tomou do Bradesco a segunda posição nessa lista no segundo trimestre de 2018, quando seu retorno subiu de 16,1% um ano antes para 19,5%. O ROE do concorrente brasileiro avançou de 18,1% para 18,4% no mesmo período.
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Enquanto o seu ROE sobe, o Santander tem atraído acionistas dispostos a pagar mais pelo seu papel. No último ano, a ação do Santander subiu 33,6%, fechando a 48 reais ontem, enquanto o papel preferencial do Bradesco ganhou 17%, a 42,84 reais, e o Ibovespa, principal índice acionário do mercado local, avançou 16,8%, para 94.133 pontos.
“O Santander tem anunciado excelentes resultados, os quais o colocam na primeira divisão do mercado bancário brasileiro, junto com os eternos pesos-pesados Itaú e Bradesco”, Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis, analistas do banco BTG Pactual, escreveram em relatório a clientes ontem.
Ainda assim, o Bradesco é, junto com o Banco do Brasil, a principal indicação dos analistas do Itaú BBA para os investidores neste momento.
O Itaú, líder do setor, divulga seus números no dia 4 de fevereiro. Seu ROE no terceiro trimestre de 2018 estava em 21,3%. Com a melhora do cenário econômico para todos os bancos, a disputa no topo desse mercado deve ficar cada vez mais embolada.
Fonte G1 Economia & Exame
Postado por Fabiano Couto em Notícias