Exploração
Brasil é onde o Santander mais lucra no mundo e menos paga os Bancários
O espanhol Santander é o maior banco internacional em atividade no Brasil. No entanto, para os funcionários a empresa deixa muito a desejar. De acordo com o portal Love Mondays, a companhia tem nota 3.86 em um total de 5, quando se trata da satisfação geral dos funcionários.
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Lucros exorbitantes
A crise passou bem longe das operações do Santander no Brasil em 2016. O país foi responsável por 21% do lucro global do grupo espanhol, o melhor resultado em todo o mundo. No país, o banco teve lucro líquido gerencial de R$ 7,3 bilhões em 2016, um crescimento de 10,8% em relação a 2015. Apenas no quarto bimestre, a instituição faturou R$ 1,989 bi, resultado 23,8% superior ao obtido no mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o Santander extinguiu 2.770 postos de trabalho em 12 meses no Brasil.
Mesmo com o excelente resultado de 2016, construído diariamente por seus funcionários, o Santander seguiu cortando postos de trabalho. Enquanto o banco espanhol tem no Brasil sua maior fonte de lucro, os bancários brasileiros sofrem com demissões e sobrecarga de trabalho. Se na Espanha, mesmo nos piores momentos de crise, o Santander não faz demissões injustificadas, qual a razão para que no Brasil, país que mais enriquece a instituição, essa prática seja recorrente?
O resultado óbvio desta política de gestão é o aumento da sobrecarga de trabalho e do adoecimento dos bancários. No mesmo período em que cortou 2.770 postos de trabalho e fechou oito agências, o número de clientes cresceu em 1,9 milhão.
Sofrem bancário e cliente
A redução no número de funcionários se torna ainda mais injustificável se analisada a receita do banco com tarifas cobradas dos clientes, que alcançou R$ 13,7 bi em 2016, um aumento de 15,6% no período. O valor cobre em 155,8% a despesa com pessoal, incluída a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), um crescimento de 8,9 p.p. em relação a 2015.
Enquanto fatura cada vez mais com as tarifas cobradas dos clientes, o Santander precariza o atendimento com a redução no número de funcionários e uma política excludente, exclusiva para clientes de alto poder aquisitivo.
Fonte SEEB SP e Infomoney
Postado por Fabiano Couto em Notícias