O número de mortes registradas no Brasil por causa do novo coronavírus chegou a 968 nesta terça-feia (22). Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), já foram contabilizados mais de 188 mil óbitos no país desde fevereiro. Também nesta terça-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que começará a entregar a vacina da AstraZeneca ao Ministério da Saúde a partir do dia 8 de fevereiro.

Embora o imunizante ainda não tenha aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a presidenta da Fiocruz, Nísia Trindade, informou que serão entregues duas milhões de doses até o fim do mês em questão. "Nós estaremos recebendo ingrediente farmacêutico ativo para o início da produção no mês de janeiro", explicou ela.

Nísia explicou que a fabricação "terá de ser certificada pela Anvisa, além do próprio registro que a AstraZeneca entrará com o pedido, e nós estaremos então, a partir desse processo, entregando". As afirmações foram feitas em audiência sobre a pandemia, realizada pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados.

Em participação rápida no evento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo caminha para ter acesso a diversos imunizantes. Segundo ele, o poder público se prepara para iniciar 2021 com a vacina, "se Deus quiser".  Ainda nas palavras do ministro, "Previsão nossa, como sempre, é final de janeiro, na melhor hipótese, indo até meio de fevereiro, final de fevereiro na pior hipótese”.

Nesta terça-feira (22), a média móvel de infectados – que soma os casos dos últimos sete dias e divide por sete – atingiu mais um patamar recorde. O resultado de 49.827 é o maior já registrado em toda a história do coronavírus no Brasil. No pior período da pandemia até agora para o país, registrado entre julho e agosto, o máximo que o dado alcançou foi 46.536.

Ainda segundo os números do Conass, o total de contaminados registrados em 24 horas foi superior a 55 mil. O total de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus desde fevereiro é de 7.318.821