Caixa descumpre prazos sobre problemas de tesoureiros e descomissionados

A Caixa Econômica Federal tinha até o dia 31 de março para apresentar propostas para a questão dos tesoureiros e dos descomissionamentos em funções gratificadas, mas descumpriu os prazos estabelecidos no Acordo Coletivo. Alegando falta de tempo, o banco desmarcou a reunião agendada com a Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) prevista para a semana de 25 a 28 de março. Uma nova reunião foi marcada para 17 de abril, às 14h30, em Brasília, quando serão retomadas as negociações. 

Os bancários aguardam um posicionamento da Caixa sobre um documento entregue pelos empregados em fevereiro, durante reunião de negociação permanente, com sugestões para a instituição de critérios e procedimentos a serem adotados em caso de retirada da função comissionada. A ideia era assegurar que o empregado que ascendeu na carreira por meio de processos seletivos internos não venha a ser surpreendido pelo descomissionamento sem justificativas plausíveis por parte dos gestores, o que acontece com muita frequência. 

Outro ponto de pauta refere-se às condições de trabalho dos tesoureiros. A Caixa se comprometeu em apresentar até o dia 31 de março um plano de ação para solucionar os problemas enfrentados pelos profissionais. Embora a empresa tenha informado, na negociação ocorrida em janeiro, de que apenas seis agências em todo o país estavam sem corredores para o abastecimento dos caixas, a comissão recebeu denúncias de ausência dos mesmos em mais unidades. 

Falta de seriedade da Caixa sobre o Acordo Coletivo
Mais uma vez a Caixa descumpre o Acordo e trata com descaso os problemas enfrentados pelos empregados. A situação das retaguardas e dos tesoureiros é cada vez pior, os empregados continuam trabalhando sem infraestrutura e sem condições de trabalho, e o número de funcionários é absolutamente insuficiente para executar todas as tarefas. Como se esses problemas não fossem suficientes, a Caixa também descumpre a cláusula referente aos descomissionamentos de funções gratificadas. 

A categoria está entrando em novo processo para discutir a pauta de reivindicação 2013/2014. Espera-se outra postura do Banco. 

Com o inicio das discussões da próxima Campanha Salarial, a Caixa ainda não garantiu o cumprimento do Acordo vigente. Exigimos que o banco respeite os seus empregados e cumpra o Acordo. Se necessário, vamos mobilizar a categoria para fazer valer os direitos garantidos em negociação. 

Veja o texto na íntegra das cláusulas 52 e 54 do Acordo Coletivo, que estabelecem o prazo assumido pela Caixa: 

CLÁUSULA 52 - TESOUREIRO EXECUTIVO 
A CAIXA apresentará na mesa permanente de negociação, até 31.03.2013, um plano de ação para resolução definitiva das situações apontadas sobre saúde, segurança e condições de trabalho do Tesoureiro Executivo. 

CLAUSULA 54 - DESCOMISSIONAMENTO DE FUNÇÕES GRATIFICADAS 
A Caixa assume o compromisso de apresentar, até 31/03/2013, estudos sobre 
descomissionamento de funções gratificadas, a partir das contribuições apresentadas pelas entidades representativas. 


Fonte SEEB Espírito Santo
Postado por Fabiano Couto em Notícias

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