À custa da classe trabalhadora
Caixa lucra R$ 16,2 bilhões de janeiro a setembro
A Caixa registrou lucro líquido de R$ 16,2 bilhões nos primeiros nove meses do ano, um crescimento de 40,9% em relação ao mesmo período de 2018. Mesmo com o ótimo resultado - e com o aumento do número de clientes em mais de 10 milhões, que alcançou 101,8 milhões de clientes, o banco fechou 1.341 postos de trabalho.
De acordo com o banco, o resultado foi “impactado principalmente pela evolução de 20,4% na margem financeira, redução de 6,4% nas despesas de provisão para créditos liquidação duvidosa - PCLD e estabilidade nas receitas de prestação de serviços.” Com isso, o resultado operacional apresentou crescimento de 28,2% em doze meses, atingindo R$ 19,9 bilhões.
Os números da Caixa, construídos pela dedicação e competência de seus empregados, dão a dimensão da importância do banco para o desenvolvimento econômico e social do país. Mostram que o seu papel social enquanto banco público deve ser valorizado e fortalecido, e não desmontado pela própria direção do banco, sob ordens do governo federal.
Somente com o que arrecada com tarifas e prestação de serviços, a Caixa cobre em 116,4% o total de suas despesas com pessoal, incluindo a PLR.
É fundamental seguir conscientizando sobre importância da Caixa 100% pública e o processo de desmonte imposto pelo governo Bolsonaro. Mesmo com ótimos resultados e aumento expressivo no número de clientes, a Caixa reduz o quadro de funcionários, sobrecarregando os bancários que permanecem no banco; prejudicando a população, que tem o atendimento precarizado; e o país, que vê o papel social do banco para o desenvolvimento econômico e social ser reduzido.
A Caixa é o principal agente operador dos programas sociais do governo federal como, por exemplo, o Bolsa Família. Até setembro de 2019, a Caixa pagou R$ 23 bilhões em programas sociais. A defesa da Caixa 100% pública, do seu papel social, e dos direitos dos empregados são lutas indissociáveis.
Crédito
A carteira de crédito ampla totalizou R$ 683,186 bilhões, redução de 1,5% em relação ao mesmo período de 2018. Os únicos segmentos que cresceram foram Financiamento Imobiliário, que chegou a R$ 455,607 bilhões, com crescimento de 3,6% em doze meses, e Cartão de Crédito, que chegou a R$ 7,666 bilhões, com crescimento de 10,2% em doze meses.
Fonte Seeb SP
Postado por Comunicação SEEB Santos e Região em Notícias