Promoção em risco
Caixa quer usar GDP para promoção por mérito
Banco recusou proposta da representação dos empregados e volta a insistir na utilização do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas, que utiliza critérios subjetivos para a avaliação
A Caixa Econômica Federal não aceitou proposta da representação das empregadas e empregados e apresentou uma contraproposta para que o pagamento dos “deltas” da promoção por mérito, referentes ao Plano de Cargos e Salários (PCS), seja feito considerando apenas o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), de acordo com critérios empresariais da meritocracia. A proposta apresentada ao banco pelo movimento sindical é para que seja distribuído um delta linearmente para todos que cumpram os critérios definidos e que apenas o segundo seja distribuído de acordo com a GDP.
“Esta gestão da Caixa avalia que os empregados que devem receber são somente aqueles que atingirem a classificação de bom desempenho e desempenho de excelência na GDP, mas não querem discutir os critérios utilizados para a avaliação no programa, mantendo critérios subjetivos, como o feedback do gestor”, explicou o coordenador do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito na Caixa, João Paulo Pierozan.
O movimento sindical defende a discussão dos critérios de avaliação não apenas para a promoção por mérito, mas de todo o processo de gestão de pessoas.
Promoção por mérito X GDP
Conforme os empregados e dirigentes sindicais, as metas mudam constantemente, os sistemas apresentam falhas e há pouco tempo para o cumprimento dos objetivos, prejudicando a avaliação do desempenho dos empregados, que não têm a liberdade de escolher os objetivos smart das metas.
Continuidade das negociações
A representação dos empregados no GT avalia que a proposta da Caixa não será aceita pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e pediu que o banco apresente os dados solicitados na reunião anterior, referentes aos impedimentos de recebimento da promoção e as formas de distribuição do segundo delta. Nesta terça-feira, os trabalhadores também pediram que o banco apresente uma estimativa de quantos empregados receberiam a promoção considerando a proposta apresentada pela Caixa. O banco, mais uma vez, ficou de analisar as solicitações.
A próxima reunião de negociações ainda não tem data marcada.
Fonte Contraf com edição da Comunicação SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias