Privatização da Caixa

Caixa reabre PDV para desligar mais 5 mil empregados

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Caixa reabre PDV para desligar mais 5 mil empregados

A expectativa da Caixa era desligar 7,2 mil empregados, mas apenas 2,3 mil (32%) aderiram ao PDV. A nova fase do programa, reaberto quarta-feira, 2/12, se encerra no dia 11 de dezembro. O plano é desmontar para privatizar!

A meta inicial da Caixa Econômica Federal de desligar 7,2 mil empregados com o PDV encerrado no último dia 20 foi frustrada: apenas 2,3 mil funcionários (32%) aderiram ao programa. Para tentar atingir a meta, o banco reabriu o PDV quarta-feira, 2/12, com data prevista de encerramento no dia 11 de dezembro. De acordo com a Caixa, as regras continuam as mesmas do último programa aberto com o objetivo de adequar o banco à reforma da Previdência (Emenda Constitucional 103).

 

A Caixa publicou nota justificando que decidiu reabrir o programa para atender a uma demanda dos próprios funcionários, que queriam mais tempo para pensar. Em seguida, a nota enaltece o PDV como um prêmio aos empregados com mais tempo de casa que se enquadram no perfil do programa. “O banco preza pelo zelo e respeito aos profissionais, que durante anos contribuíram de diversas formas com a história da empresa”, diz a nota do banco comandado por Pedro Guimarães.

 

A verdade é que a Caixa tem o propósito de avançar com o plano de desmonte da Caixa. Enxugar o quadro de pessoal faz parte desse plano de preparar o banco para privatizá-lo.

 

Em 2014 a Caixa tinha mais de 101 mil empregados. Segundo a última atualização, com esse PDV parcial que desligou mais 2,3 mil, o número de empregados caiu para 82 mil. São cerca de 19 mil empregados a menos em seis anos. Caso esse PDV alcance a meta inicial, o quadro de pessoal despenca para 77 mil empregados. Isso significa mais sobrecarga de trabalho, mais pressão por metas e, mais adoecimentos.

 

Reestruturação para induzir ao PDV
 

A reestruturação colocada em prática nesta semana implica em desocupação de 170 prédios, com mudanças de departamentos inteiros para outros endereços. As mudanças, que estão sendo feitas sem planejamento, revoltaram os empregados, que foram pegos de surpresa.

 

O plano é causar desconforto, indignação, descontentamento aos empregados e induzi-los a entrar no PDV como uma saída  para toda essa pressão. Esse processo de reestruturação é a cara do Governo Bolsonaro e da atual gestão da Caixa: desorganização, desrespeito e desumanização.

 

O Sindicato está à disposição dos empregados para dar orientações jurídicas e acolher denúncias em casos de assédio moral que partam de chefias que tentem pressionar os subordinados a aderirem ao PDV.

Fonte SEEB/ES
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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