Cerca de 80 militantes e dirigentes sindicais da Intersindical realizaram, dia 09/06, em São Paulo, o III Encontro Nacional da Intersindical Bancária. Estiveram presentes, além da diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos, representantes de diversos estados para discutir os eixos da Campanha Salarial dos bancários de 2012/13.
Todos foram taxativos em repudiar os serviços terceirizados como os correspondentes bancários.
“Estes serviços precarizam o trabalho, com arrocho salarial, perdas de direitos e benefícios, além de ser responsável pela demissão em massa da categoria. Na década de 70 éramos 850 mil bancários, apesar de hoje o sistema financeiro abrigar cerca de 1.000.000 de trabalhadores apenas 400.000 são bancários. O restante perdeu os direitos e teve o salário arrochado com a terceirização”, revela Mané Gabeira, funcionário do Itaú Unibanco e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Outro ponto bastante discutido foi o trabalho aos sábados. “A Intersindical irá defender a bandeira de que bancário não trabalha aos sábados, principalmente nos Congressos Nacionais dos empregados da Caixa, mas também no dos funcionários do Banco do Brasil e na Conferência Nacional dos Bancários”, afirma Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do BB.
Segundo Idelmar Casagrande, funcionário do Itaú e diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, o índice de reajuste salarial que será defendido pela Intersindical será debatido com os companheiros de Santa Catarina, que ficaram impedidos de participar por conta do seu encontro estadual.
Alguns eixos para a Campanha Salarial foram discutidos e os principais são a defesa de:
- Campanha Salarial Unificada;
- Fortalecer a luta pela garantia do emprego;
- Lutar contra a precarização do trabalho bancário com o fim da terceirização e dos correspondentes bancários;
- Fim do assédio moral;
- Fim das metas;
- Criação de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos públicos e privados;
- Aumento da PLR;
- O salário mínimo do Dieese de R$ 2.383,28 como piso da categoria;
- Eleição de delegados sindicais em todos os bancos públicos e privados;
- Exigir portas giratórias em todos os bancos;
- Proibição de bancários em transportar valores;
- Estatização do sistema financeiro;
- Mais contratação de bancários por agências;
- Entre outros.