Terminou às 18 horas desta terça-feira (20), em São Paulo, a rodada de negociação entre Comando Nacional e Fenaban que discutiu segurança bancária e igualdade de oportunidades. A Fenaban se comprometeu em construir com os bancos um projeto piloto de segurança bancária que servirá como base para análise futura da eficácia das medidas de segurança implementadas. Na pauta de oportunidades não houve avanços para a categoria.
Em relação ao plano de segurança, os bancários cobraram que o projeto contemple a exigência de porta giratória, a proibição da guarda das chaves de cofres e o fim do transporte de numerário por bancários, instalação de biombos nos caixas para privacidade dos clientes e outras medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões.
De acordo com dados da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pelo movimento sindical, os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 ocorrências em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses casos, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.
As medias que farão parte do plano de segurança ainda serão discutidas pelos bancos. O tema deve voltar à mesa de negociação da Campanha Salarial nas próximas rodadas.
Igualdade de oportunidades
A Fenaban recusou as reivindicações apresentadas pelos bancários em relação à igualdade de oportunidades. Os trabalhadores buscam avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, por meio da democratização do acesso, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham igualdade de condições de contratação, ascensão profissional e remuneração.
“Embora reconheçam que existam diferenças de oportunidades e tratamento nas agências, os bancos se recusam a implementar medidas para solucionar o problema”, afirma Carlos Pereira de Araújo (Carlão), representante da Intersindical na mesa de negociações.
Negociações continuam
As negociações continuam hoje, das 9h às 13h, com o tema emprego e remuneração.
> Remuneração fixa direta: reajuste salarial de 10,25%, piso de R$ 2.416,38, Plano de Cargos e Salários, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.
> Remuneração indireta: auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte, auxílio-educação.
> Remuneração variável: PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.