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Centrais cobram ampliação do Bolsa Família e revisão do teto de gastos

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Centrais cobram ampliação do Bolsa Família e revisão do teto de gastosReprodução RBA

Para entidades, falta de medidas se expressa em imagens que mostram o crescimento da fome e da pobreza. Dizem que o desgoverno abandonou o Brasil

 

Em meio à indefinição do governo sobre o lançamento do programa Auxílio Brasil, as centrais sindicais pediram ampliação do Bolsa Família, revisão do chamado Teto de Gastos (Emenda 95) e outras medidas de proteção social. “O desgoverno Bolsonaro abandonou a nação à própria sorte”, afirmam as entidades, em nota divulgada nesta quarta-feira (20).

 

O resultado da falta de medidas, dizem ainda, está expresso em cenas como as de pessoas atrás de um caminhão de lixo ou procurando restos de carne. Os dirigentes chamam a atenção para os milhões de pessoas em fome ou situação de insegurança alimentar, desempregados ou desalentados.

 

Sem responsabilidade


“(O governo) Foge das suas responsabilidades de enfrentar a crise sanitária, atrasa o provimento de vacina, reduz o valor do Auxílio Emergencial e não apresenta política econômica de desenvolvimento, acentuando o desemprego ou gerando emprego precário sem proteção laboral, social, previdenciária e sindical.”

 

Confira a nota das centrais sindicais:

 

Proteger a população e combater a fome é o que há de mais urgente

As centrais sindicais defendem a imediata expansão da proteção de renda para a população carente e vulnerável, para todos que vivem na pobreza, sem emprego e sem nenhum tipo de proteção, através da ampliação do Programa Bolsa Família.

 

O desgoverno Bolsonaro abandonou a nação à própria sorte. Foge das suas responsabilidades de enfrentar a crise sanitária, atrasa o provimento de vacina, reduz o valor do Auxílio Emergencial e não apresenta política econômica de desenvolvimento, acentuando o desemprego ou gerando emprego precário sem proteção laboral, social, previdenciária e sindical.

 

O resultado se expressa em cenas dantescas como aquela fotografia capturada no instante em que brasileiros procuravam comida em um caminhão de lixo em Fortaleza ou aquela em que moradores do Rio de Janeiro aglomeraram-se para pegar restos de carne rejeitados por supermercados.

 

São apenas dois exemplos da triste imagem do Brasil com sua política ultraliberal que despreza o povo, configurada na postura intransigente do mercado em defesa do nefasto Teto de Gastos.

 

Em números essas imagens expressam o alarmante índice de 55% da população sofrendo insegurança alimentar. São quase 90 milhões de pessoas que passam fome. Também são quase 32 milhões de trabalhadores que estão desempregados, desalentados, trabalham jornada parcial de forma precária ou estão na inatividade precisando de um emprego.

 

A base desta tragédia é a combinação entre desemprego recorde, volta da inflação e carestia.

 

Diante disso, propomos que o Congresso Nacional trate com urgência máxima a ampliação da cobertura da proteção de renda através do Programa Bolsa Família que integra ações de proteção de renda, educação, saúde e assistência, articulado com os Municípios e Estados.

 

Que a renda de proteção seja de R$ 600,00, com as mesmas regras aplicadas pelo Auxílio Emergencial para os casos especiais (p.ex. mães chefe de família R$ 1.200,00).

 

Que sejam reativadas e criadas políticas de geração de emprego e renda, integradas ao Programa Bolsa Família.

 

Que a tributação sobre as fortunas, altas rendas e lucros e dividendos seja implementada imediatamente para financiar a proteção social e o investimento público para gerar empregos.

 

É urgente a imediata revisão da Lei de Teto de Gasto, permitindo que o Estado cumpra suas funções primordiais de indutor do crescimento econômico e promotor da justiça social, com fonte de financiamento estável.

 

São Paulo, 20 de outubro de 2021

 

Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora

 

Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

 

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

 

Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

 

Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

 

José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

 

Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)

 

Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP-Conlutas

 

José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor

 

Emanuel Melato, Intersindical Instrumento de Luta

 

Fonte Rede Brasil Atual
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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