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Centrais sindicais divulgam manifesto contra as crises e o desemprego

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Centrais sindicais divulgam manifesto contra as crises e o desempregoFernando Diegues

Documento assinado por 10 centrais afirma que país passa por um dos momentos mais difíceis desde a declaração de independência

 

Foi divulgado, ontem, segunda-feira (30), o manifesto assinado por 10 centrais sindicais sobre a grave situação pela qual passa o país e a ameaça de crise institucional. “Precisamos, antes de tudo, lutar contra o desgoverno que ocupa a Presidência da República”, conclama o manifesto ao lembrar que o Brasil passa por “um dos momentos mais difíceis de sua história desde a declaração de independência”. O documento assinala os principais problemas que afetam o país como o desemprego que atinge 15 milhões de trabalhadores, além de outros 6 milhões de desalentados, 6 milhões de inativos que precisam de um emprego e mais 7 milhões de ocupados de forma precária. O manifesto lembra também a inflação alta, a carestia e a fuga de investimentos.

 

“Resgatar o Brasil para os brasileiros” é o título do documento, assinado pela Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), Central do Servidor (Pública) e Intersindical Instrumento de Luta.

 

Leia a íntegra do manifesto:

 

Resgatar o Brasil para os brasileiros

O Brasil atravessa um dos momentos mais difíceis de sua história desde a declaração de independência, em 7 de setembro de 1822, há 199 anos. São quase 15 milhões de desempregados, 6 milhões de desalentados, outros 6 milhões de inativos que precisam de um emprego e mais 7 milhões ocupados de forma precária. Inflação alta, carestia e fuga de investimentos. Aumento da fome e da miséria, crescimento da violência, insegurança alimentar e social. Escalada autoritária e uma calamitosa gestão da pandemia do coronavírus. Sem falar nas crises ambiental, energética, entre tantas outras.

 

Ao invés de agir para resolver os problemas, que são decorrentes ou agravados pelo caos político que se instalou em Brasília na atual gestão, o governo os alimenta e os utiliza para atacar os direitos trabalhistas, precarizando ainda mais o já combalido mercado de trabalho. O próprio presidente se encarrega de pessoalmente gerar confrontos diários, criando um clima de instabilidade e uma imagem de descrédito do Brasil. E ele ainda tem o desplante de culpar as medidas de contenção do vírus pelo fechamento de postos de trabalho, ignorando que a pandemia já matou precocemente quase 600 mil brasileiros!

 

Ninguém aguenta mais. Vivemos no limiar de uma grave crise institucional. A aparente inabilidade política instalada no Planalto que acirra a desarmonia entre os poderes da República, esconde um comportamento que visa justificar saídas não constitucionais e golpistas. Quem mais sofre com esta situação dramática é o povo trabalhador, cada vez mais empobrecido e excluído, e cada vez mais dependente de programas sociais que, contraditoriamente, encolhem.

 

O país não pode ficar à mercê das ideias insanas de uma pessoa que já demonstrou total incapacidade política e administrativa e total insensibilidade social. É preciso que o legislativo e o judiciário em todos os níveis, os governadores e prefeitos, tomem à frente de decisões importantes em nome do Estado Democrático de Direito, não apenas para conter os arroubos autoritários do presidente, mas também que disponham sobre questões urgentes como geração de empregos decentes, a necessidade de programas sociais e o enfretamento correto da crise sanitária.

 

Esse movimento dever ser impulsionado pela sólida união dos trabalhadores e suas entidades representativas, bem como por todas as instituições democráticas, a sociedade civil organizada, enfim, todos os cidadãos e cidadãs que querem redirecionar nosso país para uma trajetória virtuosa em benefício do povo. Para isso precisamos, antes de tudo, lutar contra o desgoverno que ocupa a presidência da República!

 

Que a Semana da Pátria consagre, pela via da luta firme e decidida de todo povo, um Brasil que quer seguir como uma nação, democrática, plural, terra de direitos, capaz de pavimentar um futuro de liberdade, soberania, justiça social e cidadania para todos!

 

#ForaBolsonaro

 

São Paulo, 30 de agosto de 2021

 

Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora

 

Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

 

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

 

Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

 

Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

 

José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

 

Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)

 

Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP Conlutas

 

José Gozze, Presidente da Pública, Central do Servidor

 

Emanuel Melato, Intersindical instrumento de Luta

Fonte Contraf com edição da Comunicação SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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