Começa nesta terça-feira (7), às 10h, a primeira rodada de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2012 focando o importante bloco de reivindicações sobre emprego. De um lado da mesa, estará o Comando Naciona. Do outro lado, sentará a Fenaban e representantes dos seis maiores bancos públicos e privados do país.
Os debates ocorrem no Hotel Maksoud, em São Paulo, seguem à tarde e continuam na manhã desta quarta-feira (8) sobre saúde e condições de trabalho e cláusulas sociais.
A segunda rodada está agendada para os dias 15 e 16, quando serão discutidos os blocos de reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.
Emprego decente
Nesta segunda-feira (6), a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro e o Dieese divulgaram a 14ª edição da Pesquisa de Emprego Bancário, realizada trimestralmente com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Os bancos geraram 2.350 novos empregos no primeiro semestre de 2012, o que representa um recuo de 80,40% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas.
A queda do emprego ocorreu em função do saldo negativo em 1.209 postos de trabalho nos bancos múltiplos com carteira comercial, atividade que engloba grandes instituições financeiras como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil. Já a Caixa Econômica Federal abriu 3.492 empregos, o que evitou que o setor apresentasse desempenho negativo.
A abertura de 2.350 vagas no primeiro semestre representa uma expansão de apenas 0,46% no emprego bancário. Além disso, na comparação com o saldo de 1.047.914 empregos gerados em todos os setores da economia na primeira metade do ano, os bancos contribuíram com apenas 0,22% do total.
Truque da rotatividade
A pesquisa mostra que entre janeiro e junho os bancos contrataram 23.336 empregados e desligaram 20.986. Já a remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.708,70 e a dos desligados de R$ 4.193,22, o que representa uma diferença de 35,40%. Na economia brasileira como um todo, a diferença entre a média salarial dos contratados é 7% inferior à média salarial dos demitidos.