Fortaleça sua luta!
Conjuntura adversa confirma importância do sindicato na vida do trabalhador
Se não fosse a pressão do movimento sindical com campanha nas redes sociais, locais de trabalho e nas mesas de negociações, direitos estariam ameaçados
Sempre que a categoria bancária enfrenta o jogo pesado dos bancos, setor mais lucrativo do país, na hora de negociar o reajuste salarial e a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), fica ainda mais evidente a importância do Sindicato na vida dos bancários e bancárias, como para qualquer trabalhador. E fica claro também que num governo que só vê o lado dos patrões, como no atual, é ainda mais difícil preservar direitos.
“Os bancários e bancárias estão de parabéns, depois de 19 rodadas de negociação dura, com banqueiros insistindo em retirar direitos e impor reajustes indecentes. Com a força nas redes sociais e manifestações na rua preservamos nossas conquistas e elevamos os índices, principalmente da PLR, que pretendiam a todo custo diminuir. Isso mostra o quanto os sindicatos são relevantes na vida da categoria”, ressalta Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Sindicatos e desenvolvimento
Os países que possuem os maiores índices de trabalhadores sindicalizados estão entre alguns dos que apresentam o melhor desempenho no ranking do IDH – índice de Desenvolvimento Humano – no mundo, que é o caso dos países nórdicos, como Noruega, Suécia e Dinamarca, bem como Alemanha, Irlanda e países baixos, que possuem índices de sindicalização bem superior ao do Brasil, que ocupa, no último ranking divulgado, apenas a 79ª colocação em nível de sindicalização dos trabalhadores. A Austrália, que subiu para a segunda colocação no IDH, é exceção, mas também viu o número de trabalhadores sindicalizados crescerem junto com o seu desenvolvimento econômico e social.
A luta coletiva junto aos sindicatos contribui, inclusive, com o crescimento econômico de um país, prova disso é a campanha nacional da categoria em 2022, cujas conquistas vão injetar cerca de R$ 14,2 bilhões na economia, até o próximo acordo ser fechado, em agosto 2024. Esse montante de recursos engloba reajuste salarial e dos vales alimentação (VA) e refeição (VR), abono e Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O motivo é muito simples: quanto mais salários e demais verbas remuneratórias uma categoria conquista na luta do movimento sindical, mais dinheiro circula na economia do país.
Fonte SEEB do RJ com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias