Colapso e mortes

Covid: para OMS, colapso no Brasil era ‘totalmente evitável’

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Covid: para OMS, colapso no Brasil era ‘totalmente evitável’Rio da Paz

Beirando 360 mil mortes, a Organização Mundial de Saúde alerta para situação crítica da covid-19 no Brasil e reafirma que “a pandemia está muito longe de terminar”

O colapso do sistema sanitário e hospitalar em decorrência da covid, como visto no Brasil, seria evitável. Assim a Organização Mundial da Saúde (OMS) se manifestou, dia 12/4, sobre a situação da pandemia no Brasil. “Neste momento, unidades de tratamento intensivo estão sobrecarregadas e pessoas estão morrendo — e isto é totalmente evitável“, lamentou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhenom. Também hoje, o Brasil teve oficialmente notificadas mais 1.480 mortes e 35.785 casos pela infecção, totalizando 354.617 vítimas e 13.517.808 doentes desde o início do surto, em março de 2020.

 

A RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Connas). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

 

A OMS aponta para “confusão, negligência e inconstância” no combate à covid-19, e lamenta que “a pandemia de covid-19 está muito longe de terminar”. Mesmo com o avanço da vacinação em grande parte do mundo, a entidade analisa que, apenas vacinar, não é o adequado em um momento de descontrole da pandemia. “Temos que parar de pensar que a crise se resolve com uma ou outra medida. A vacina é apenas um componente, e é preciso adotar ações amplas, apoiadas por líderes, apoiadas pelos governos”, disse a líder técnica para covid-19 da OMS, Maria van Kerkhove.

 

Receita conhecida

A receita para controle da covid-19 é conhecida. Além de vacinação, envolve realização em massa de testes, rastreio de contágio, uso de máscaras, ampliação da higiene pessoal e isolamento social. Este, porém, deve vir acompanhado de medidas que garantam a sobrevivência das pessoas enquanto durar o período de restrições ao deslocamento. “Nós também queremos ver sociedades e economias reabrindo, e viagens e comércio recomeçando”, disse Tedros. Entretanto, movimentos para retomada da economia são prejudicados por países, como o Brasil, que não adotam medidas para conter o vírus, o que torna o país, inclusive, um celeiro para novas mutações do vírus.

 

Piora global

Os dois primeiros meses de 2021 foram marcados por uma forte redução nos casos de covid-19 em todo o mundo. O Brasil seguiu na contramão, e assumiu o posto de epicentro global da pandemia. Agora, no último mês, a OMS verificou um novo recrudescimento de infectados no planeta. O aumento é puxado, especialmente, por Brasil e Índia. “A semana passada foi o quarto maior número de casos em uma única semana até agora”, aponta Tedros.

 

Desde o início de março, o país asiático vive uma explosão de infectados e, na última semana, superou o Brasil em número de infectados; são 13.686.073. Entretanto, em mortes, o país sul americano lidera com folga. Os indianos contabilizam menos da metade das mortes de brasileiros; 171.089. Uma das explicações para a diferença é a capacidade de testagem superior da Índia.

 

Novo perfil

Outro movimento que chama a atenção no Brasil é a mudança no perfil dos pacientes graves. Nas últimas semanas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vem alertando para o fato de que jovens passaram a representar grande parcela nas mortes e intubações. Da primeira semana de janeiro de 2021 até a última semana de março, houve um aumento de 1.218,33% de pacientes entre 30 e 39 anos de idade. Na faixa etária entre 40 a 40 anos, o aumento foi de 1.217,95%. Entre as demais idades a variação ficou da seguinte forma: 20 a 29, 872,73%; 50 a 59, 877,46%; 60 a 69 anos 566,46%. No cenário global, incluindo todas as idades, o aumento nos doentes foi de 701,58%.

 

Esse novo panorama do surto de covid-19 levou a Fiocruz a reforçar o pedido de medidas de isolamento social no país. “Esta mudança no perfil dos casos e óbitos contribui para o aumento da pressão sobre o sistema de saúde, potencialmente prolongando o tempo médio de internação. Além disso, já que se trata de população com maior circulação devido às atividades de trabalho, é importante considerar o potencial de transmissibilidade aumentado devido a este rejuvenescimento. Portanto, este fenômeno requer atenção dos gestores para uma intensificação da adoção das medidas de mitigação, como as de distanciamento físico e social.”

 

Vacinação

Além da necessidade de medidas para conter a pandemia entre todas as camadas da sociedade através de isolamento, também urge a aceleração na vacinação. Com o aumento de casos graves entre jovens, as perspectivas para reduzir a mortalidade e controlar o surto estão cada vez mais distantes. A Fiocruz, em boletim divulgado no fim de semana, aponta que o ritmo da vacinação contra a covid no Brasil está distante do ideal. Com cerca de 13% da população tendo recebido a primeira dose e 3,68% a segunda, o país está atrás de 56 países em porcentagem de vacinados.

Escrito por: Gabriel Valery
Fonte RBA
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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