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Debate sobre educação mostra importância da greve dos professores
“A luta dos professores por uma escola pública, gratuita e de qualidade”. Este foi o tema do debate, promovido pela Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, com o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), que tem a educação como um dos principais focos do seu mandato. O encontro aconteceu na noite desta segunda-feira (11), na Sede do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, em Santos.
Durante a conversa, Giannazi destacou a importância da greve dos professores da rede estadual, que já passa dos 60 dias. “Essa greve é uma das maiores da rede estadual. É histórica. Ela enfrenta um governo (Alckmin) que é blindado por diversas instituições e pela mídia”.
Segundo o deputado estadual, o histórico do PSDB em São Paulo é de arrocho salarial e destruição de várias carreiras de servidores estaduais.
“O Plano Nacional de Educação determina que professores de escolas públicas têm que receber salário equivalente aos profissionais com formação superior. O governador desrespeita a lei. Os salários dos professores de São Paulo estão entre os mais baixos do Brasil. Sem contar as salas superlotadas, jornadas extenuantes entre outras mazelas”.
Mentiras
“O governador deu de mentir abertamente ao afirmar que a data-base dos professores não é em março, mas em junho e que deu reajuste de 45%. Houve incorporação de gratificações e, na verdade, o reajuste concreto sequer cobriu as perdas inflacionárias. Temos que informar e alertar a população sobre os fatos reais”.
Giannazi ressaltou que o orçamento do estado de São Paulo para este ano é de R$ 208 bilhões. “A lei de responsabilidade fiscal não foi atingida. O governo do estado paga menos que o limite estipulado pela lei (46%) para o funcionalismo. O governo do estado não chega nos 43%. O governo deixa de investir no funcionalismo estadual mais de R$ 5 bilhões por ano e agora utiliza as desculpas da crise e ajuste fiscal. O governo tem fôlego para reajuste salarial. Temos que continuar nossa mobilização e pressão, que vai além do período de greve”.
O Secretário de Relações Internacionais da Intersindical e Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva Big, enfatizou que é fundamental que outras categorias e centrais sindicais apoiem a luta dos professores. “O apoio fez parte do calendário unificado de lutas das centrais sindicais contra o PL 4330 (terceirização), as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, contra o ajuste fiscal e a imposição do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy (representante dos banqueiros), em deixar a conta para o trabalhador pagar retirando nossos direitos”.
Fonte Imprensa SEEB Santos e Região
Postado por Fernando Diegues em Notícias