Em 28 de agosto de 1951, começou uma das mais longas e vitoriosas campanhas salariais dos bancários. A categoria reivindicava um reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço.
A contraproposta dos patrões, de 20% de aumento, foi considerada insuficiente e os bancários decidiram entrar em greve. Foram 69 dias de paralisação, até que, em 5 de novembro, a Justiça concedesse um reajuste de 31%, pondo fim à paralisação.
A greve de 1951 foi a primeira contra o decreto 9.070 da ditadura do Estado Novo, que proibia greves e amordaçava o movimento sindical dos trabalhadores. Foi um movimento pela liberdade sindical, em favor da democracia, contra os "atestados de ideologia" exigidos pelo Ministério do Trabalho dos candidatos a cargos sindicais, pela participação dos sindicatos na fiscalização das condições de trabalho e emprego, pela eleição de representantes dos bancários para a direção dos antigos Institutos de Aposentadorias e Pensões (o atual INSS) e pela participação dos sindicatos na fiscalização e elaboração das leis trabalhistas.
A data começou a ser comemorada já no ano seguinte, em 1952, por decisão do IV Congresso Nacional dos Bancários, realizado em Curitiba. Em 1957, a Assembleia Legislativa oficializou a data no Estado de São Paulo e, em 1959, o Congresso Nacional estendeu a data para todo o Brasil ao aprovar projeto do deputado federal bancário Salvador Romano Lossaco.
Quem somos
Somos quase 500 mil em todo o país - 496 mil de acordo com os dados de 2011, os mais recentes da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego. Desses, 51% são homens e, 49%, mulheres.
A maior parte - 148 mil - já passou da casa dos 30 anos de idade e ainda não bateu nos 40. Mas a turma dos quarentões é grande: 120 mil. Entre 20 e 29 anos também somam mais de 100 mil e, acima dos 50, são 68 mil.
Na escolaridade, a ampla maioria - 340 mil - tem ensino superior completo. Outros 83 mil também têm, mas incompleto. Menos de 1% completou apenas o ensino fundamental.
O tempo de casa é distribuído de maneira bem mais uniforme. Mais de 116 mil abraçaram a categoria há mais de uma década, mas outros 100 mil ainda não completaram um ano de banco. Entre um e dois anos na profissão estão 89 mil e, entre cinco e 10 anos, somos 73 mil.