Desigualdade

Diferença salarial entre brancos e negros chega a 59% nos bancos

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Diferença salarial entre brancos e negros chega a 59% nos bancosspbancarios

As mulheres pretas sofrem mais discriminação, ganhando 59% menos que a média dos homens brancos

A desigualdade salarial entre raças ainda persiste nos bancos. Os bancários negros (que incluem pretos e pardos) ganham 24% menos do que os colegas brancos. Os empregados pretos de instituições financeiras têm rendimento médio 27,3% menor do que o rendimento médio dos brancos. E as mulheres pretas sofrem ainda mais discriminação, ganhando 59% menos que a média dos homens brancos.

 

Os dados, compilados pelo Dieese, são da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Ministério do Trabalho da Previdência Social, e referem-se a 2019.

 

As informações de sustentabilidade com recorte racial divulgadas pelo Santander ajudam a entender essa discrepância salarial: nos cargos de diretoria, 93,2% são brancos e apenas 3,6% são negros. Trabalhadores negros estão mais presentes em cargos operacionais, sendo 36,2% do total de trabalhadores nesta posição.

 

De acordo com o Santander, a diversidade é um dos cincos princípios do Código de Conduta Ética do banco.

 

Itaú

O Itaú também reproduz a política excludente da população negra. Segundo os dados do relatório de sustentabilidade do banco, 25,6% dos trabalhadores se autodeclaram negros, e apenas 15,4% ocupam cargos de gestão.

 

O relatório do Itaú, descreve uma série de objetivos de diversidade. Mas apesar das iniciativas de aceleração de carreiras negras durante 2021, foram contratados entre estagiários, profissionais de tecnologia e desenvolvedores, o total de 92 profissionais.

 

De acordo com representantes dos funcionários, não há um processo estruturado de valorização da comunidade negra.

 

Entre os cinco maiores bancos que atuam no Brasil, apenas Itaú e Santander divulgam dados de sustentabilidade com recorte racial.

 

A falta de representatividade é uma realidade nas instituições financeiras, de forma geral. Em 2019 as pessoas pretas nos bancos eram apenas 3,3%, e as pardas 20,1%, representatividade muito menor do que na sociedade brasileira.

 

Entre 2012 e 2021, o percentual de brasileiros que se autodeclaram brancos caiu de 46,3% para 43%. De pretos, subiu de 7,4% para 9,1%. Pardos, de 45,6% para 47%. Os dados são da pesquisa Pnad Contínua com características gerais dos moradores, divulgada em julho de 2022 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Fonte SEEB de São Paulo com edição da comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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