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Dirigentes chilenas visitam o Sindicato dos Bancários de Santos e Região
A diretoria do Sindicato recebeu a visita nesta segunda-feira, 22/09, de dirigentes sindicais da Associação dos Funcionários Públicos do Conselho Nacional do Jardim de Infância do Chile (Aprojunji). Estiveram no Sindicato a Diretora Nacional da Aprojunji, Jéssica Bustos Fuentes; a Presidente Regional, Mariela Perez Alamos; e a Secretaria Regional, Rosita Moraga Bravo para convidar a diretoria e explicar sobre o Curso de Formação de Política Sindical, que será realizado entre os dias 17 a 19 de novembro de 2014, pela 1ª Escola Sindical Internacional, na Região dos Lagos, cidade de Frutillar, na Patagônia Chilena.
A Presidente Regional, Mariela, disse que a Escola Sindical Internacional é a 1ª no Chile e foi fundada depois delas participarem do Curso de Atualização Política para a Ação Sindical da Federação Sindical Mundial (FSM), realizado em Havana/ Cuba, de 21/04 a 02/05 de 2014, onde tiveram a oportunidade de travar conhecimento com 95 dirigentes sindicais de 14 países participantes (entre eles dirigentes da Intersindical e diretores do Sindicato dos Bancários de Santos e Região).
Mariela e a Secretaria Regional, Rosita, ressaltaram a importância da participação de dirigentes sindicais de outros países para tornar a luta dos trabalhadores internacional. Para o curso no Chile, foram convidados dirigentes do Brasil, Nicarágua, Uruguai e Argentina.
Jéssica Fuentes disse que o curso é para formar dirigentes sindicais que lutem por uma sociedade justa, digna e igualitária. Além disso, ressaltou a importância da luta por mais direitos trabalhistas no mundo e no Chile.
“No Chile os sindicatos não tem o direito a negociar o acordo coletivo, não podem organizar greve e a grande maioria dos trabalhadores têm contratos de trabalho com duração de um ano apenas, que podem ser renováveis ou não, conforme o patrão”, alerta.
As sindicalistas disseram que os direitos dos trabalhadores foram muito atacados no período da ditadura do general Augusto Pinochet (1973 a 1990). Por exemplo, não existe 13º, o trabalhador pode tirar apenas 15 dias de férias anuais, para quem tiver até 15 anos de serviços; com 20 anos de trabalho terá direito a 20 dias e com mais a 25 dias.
A Aprojunji reúne 2 mil trabalhadores que trabalham em jardins de infância públicos chilenos, que dão preferência as mais carentes de 0 a 6 anos. “O Conselho Nacional de Jardins de Infância têm 45 anos de existência, com oficinas nacionais multidisciplinares com nutricionistas, assistentes sociais e educadores”, disse Rosita. Atualmente, uma das lutas da Associação é pela reforma educacional no país, “por uma educação pública de qualidade e gratuita para todos”, reforça Jéssica.
Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, explicou o processo de terceirização do trabalho que os governos municipais, estaduais e federal; parlamentares do Congresso Nacional ligados aos empresários, ruralistas e banqueiros; e o próprio Superior Tribunal Federal querem impor para os trabalhadores brasileiros. Uma terceirização que amplia a jornada de trabalho, diminui salários, aumenta os acidentes de trabalho, provoca a demissão em massa, enfim, precariza as condições de trabalho e extingue as leis trabalhistas conquistadas com muita luta e até morte de trabalhadores.
Fonte Imprensa SEEB Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias