A ministra falou sobre as mudanças nas leis que regem a situação do trabalhador brasileiro e sobre como a Justiça tem trabalhado para acelerar a produtividade nos processos em entrevista no UOL Entrevista.

A entrevista foi acompanhada pela apresentadora Fabíola Cidral, a colunista Carla Araújo e o repórter Filipe Andretta.

Sobre as vacinas, o bem-estar coletivo é mais importante que o direito individual de escolher tomar ou não a vacina. "O direito da coletividade se sobrepõe ao direito individual e se um trabalhador se recusa à vacinação, ele vai comprometer o meio ambiente de trabalho que necessariamente deve ser promovido, por meio do empregador, da forma mais saudável possível, por isso que há uma justificativa que tem embasado decisões nesse sentido ", disse.

No entanto, haja algum motivo de saúde para não tomar a vacina, a empresa não deve demitir e permitir o trabalho remoto, diz ela. "Se ele [o funcionário] tiver uma justificativa [para não se vacinar], ele poderá ir para o trabalho remoto. O empregador não vai demitir."

"Mas uma recusa injustificada compromete o direito coletivo dos demais trabalhadores, então nesse sentido parece que a justa causa foi aplicada com essa preocupação. Uma decisão justificada", disse.

Empresas voltam ao trabalho presencial

Com o avanço da vacinação, muitas empresas planejam a volta ao trabalho presencial. O funcionário pode ser obrigado a retornar ao escritório?

Sobre o retorno ao trabalho presencial, a ministra diz que essa situação ainda é delicada.

"Essa é uma situação bem complexa que eu estou vivendo inclusive no TST, nós estamos vivendo. Temos uma vacinação avançada no Brasil, mas ainda não chegamos - uma população como nós temos - ao ponto de dizer 'bom, todos temos que voltar ao trabalho '. Ainda temos, imagino, alguns poucos meses para chegar a esse patamar de 80% com as duas doses.”