Bancárias e bancários do Banco do Brasil (BB) vão realizar nesta quinta-feira (21) novo Dia Nacional de Lutas contra a reestruturação proposta pela direção do banco. Em Santos haverá manifestação em frente a agência Gonzaga, Av. Ana Costa, 486, com distribuição de carta aberta, cartazes, faixas e som para esclarecer o prejuízo que causará a restruturação com fechamento de agências e diminuição do quadro já sofrível de funcionários à população, clientes, funcionários e ao Brasil.

A reestruturação prevê o fechamento de agências e outras unidades do BB, além da demissão de 5 mil funcionários. Também está sendo proposta uma paralisação nacional dia 29. Em Santos, no último dia 15/1, já foram paralisadas as unidades Santos/XV de Novembro e Santista/D. Pedro II, realizadas reuniões com funcionários e a primeira plenária.

Agências do BB são paralisadas em Santos/SP

“Temos que conscientizar clientes, parlamentares, prefeitos e para a população em geral os prejuízos que a proposta do governo federal e da direção do Banco do Brasil pode provocar. Vivemos uma pandemia, estamos com mais de 14 milhões de desempregados e eles querem demitir 5 mil pessoas, fechar agências que atendem cidades isoladas do interior, além de tentarem desmontar um banco público essencial para a economia brasileira”, aponta Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionária do BB.

De 21 a 28/01 os bancários serão mobilizados nas redes sociais, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens. É fundamental para o sucesso do Dia Nacional de Luta, a participação massiva do funcionalismo do BB, nas atividades como as da sexta-feira passada (15/1).

Todos devem participar das plenárias a serem agendadas pelo sindicato e postar mensagens de protesto contra o desmonte e denúncias à sociedade sobre a diretoria do banco e o governo, pelas #MeuBBvalemais, #BBLutoeLuta e #BBSemCaixasNão.

Informações e direitos

Também será acionado o Ministério Público do Trabalho para a obtenção de informações sobre a reestruturação. O movimento sindical vai promover ações judiciais para garantir ao bancário direitos básicos, como garantia à estabilidade financeira para quem recebe gratificação/comissão por longo período (nos termos da súmula 372/TST); manutenção do salário para quem teve o cargo renomeado, porém continua com idênticas atividades, havendo ilegalidade no rebaixamento salarial e o não desconto em conta corrente de valores relativos a bolsa de estudos.

País e população serão prejudicados!

O governo federal diz que vai fechar “361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA)”, além da conversão de 243 agências em postos de atendimento e a ‘transformação’ de 145 unidades de negócios em Lojas BB, estes dois últimos, sem gerentes e guichês de caixa. Tudo no primeiro semestre de 2021.

A população será prejudicada – passará a contar com uma rede de agências menor, com menos funcionários. Algumas cidades ficarão sem agências. O atendimento vai piorar muito!

“Nenhum outro banco facilita empréstimos com juros mais baixos aos micros, pequenos e médios agricultores; empresas e comércio em geral, instalados em pequenas cidades. Financia esporte, cultura e outras áreas sociais. A importância para a sociedade brasileira, fomento de empregos e riquezas à nação é extraordinária e essencial ao País! Os bancos privados só objetivam o lucro, sem se importar com os brasileiros!” Finaliza Eneida Koury.