Greve do BC
Funcionários do BC já entregaram 700 cargos comissionados em protesto
Movimento reivindica reajuste salarial assim como o que foi prometido por Bolsonaro aos policiais e demais servidores da segurança pública
O movimento de entrega de cargos de chefia no Banco Central, como parte da mobilização da categoria por reestruturação da carreira e recomposição salarial de 26,3%, cresce a cada dia.
Até a quinta-feira (31), véspera do início da paralisação por tempo indeterminado anunciada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, 700 servidores comissionados entregaram seus cargos.
Como o BC tem segurado os pedidos, as dispensas ainda não foram publicadas no Diário Oficial da União, mas, segundo o presidente do sindicato, Fábio Faiad, como a categoria já estará em greve, “ou o banco faz o descomissionamento, ou os comissionados serão mantidos à toa, pois eles não farão os trabalhos”.
Os servidores do BC iniciaram o movimento de entrega de cargos e paralisações pontuais desde o final do ano passado, reivindicando, ao lado de diversas categorias do serviço público federal, reajuste salarial assim como o que foi prometido por Bolsonaro aos policiais e demais servidores da segurança pública.
O sindicato também condena o fato de o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ter decidido tirar férias em Miami em um momento de negociação salarial e mobilização da categoria.
“Infelizmente, nessa hora tão importante, o Presidente do BC viajou de férias para Miami, o que não ajuda para encontrarmos uma solução para a crise!”, afirma o sindicato em nota.
Na nota, Fábio Faiad afirma ainda que a greve será feita respeitando a lei de serviços essenciais, mas lembra que atividades do BC como o Pix, entre outras, como não se encontram dentro do escopo dessa lei, poderão ser afetadas.
“Portanto, a greve poderá interromper parcialmente o PIX e a distribuição de moedas e cédulas. E poderá interromper, parcial ou totalmente, a divulgação do boletim Focus e de diversas Taxas, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da mesa de operações do Demab [Departamento de Operações de Mercado Aberto do Banco Central], o atendimento ao público e outras atividades”, diz a nota.
Fonte Portal do PCdoB
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias