Seguro desemprego

Governo e patrões vetam parcelas extras de seguro-desemprego

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Governo e patrões vetam parcelas extras de seguro-desemprego

Representantes do governo e empresários derrubaram a proposta das centrais sindicais dos trabalhadores em pagar duas parcelas extras do seguro desemprego, por conta da pandemia, dizendo que não têm recursos. Para bancos, em março, o BC liberou R$ 1,2 trilhão de ajuda!

Com aliança entre governo e empresários, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) derrubou a proposta de duas parcelas extras de seguro-desemprego para atenuar os efeitos da pandemia. A proposta era da bancada dos trabalhadores no colegiado, que é tripartite. Mas apenas os seis representantes das centrais votaram a favor, com 12 votos contrários.

 

A proposta inicial era pagar as duas parcelas adicionais para demitidos de março, início da pandemia, a dezembro. Posteriormente, as centrais sugeriram estender o benefício para trabalhadores demitidos sem justa causa de 20 de março a 31 de julho. Isso atingiria aproximadamente 2,8 milhões de pessoas. “Vale lembrar que essa proposta da passou por uma revisão do Grupo Técnico Especial, por cinco reuniões, que a adequou, seguindo os pareceres dos órgãos de controle”, dizem as centrais.

 

Os representantes dos trabalhadores no Codefat são indicados pelas centrais reconhecidas formalmente: CTB, CSB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT. A bancada patronal é formada por representantes das confederações nacionais da Agricultura (CNA), Comércio (CNC), Indústria (CNI), Transporte (CNT), Turismo (CNTur) e Sistema Financeiro (Consif).


5,5 milhões de pedidos de seguro-desemprego


"No início, o governo tentou adiar a votação e depois alegou impedimentos financeiros. Mas para os bancos, em março, o mesmo governo Bolsonaro concedeu ajuda de R$ 1,2 trilhão", diz Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

 

Neste ano, de janeiro a setembro, foram contabilizados 5.451.312 requerimentos ao seguro-desemprego, na modalidade trabalhador formal. Houve crescimento de 5,7% em relação a igual período de 2019. O número de requerimentos via web saltou de 1,7% do total para 56,1%.

 

Dos 521.572 pedidos apenas em setembro, 60% foram feitos por homens. Um terço (33,5%) na faixa de 30 a 39 anos e 21%, de 40 a 49 anos. Mais de 59% tinham ensino médio completo.

Escrito por: Vitor Nuzzi
Fonte Rede Brasil Atual com Comunicação SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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