Corte no Auxílio
Governo vai cortar quase 6 milhões de beneficiários do auxílio emergencial
Para pagar o auxílio emergencial residual, que começou ontem (17/9), governo cortou o valor pela metade. Ainda, somente quem começou a receber o auxílio no mês de abril terá direito às quatro parcelas extras anunciadas pelo governo. Então, segundo a escala de cortes, quem começou a receber o benefício em julho só terá direito a uma parcela extra
Dia 16/9, o presidente Jair Bolsonaro editou o decreto que regulamenta a prorrogação do benefício emergencial – o chamado auxílio residual. Além de diminuir o valor pela metade, agora R$ 300,00, os novos critérios adotados pelo governo vão retirar do programa quase 6 milhões de pessoas que já recebem o benefício.
Somente quem começou a receber o auxílio no mês de abril terá direito às quatro parcelas extras anunciadas pelo governo. Além deste corte, outros critérios foram adotados para restringir o acesso ao benefício. De acordo com o decreto, o valor será pago até o dia 31 de dezembro deste ano, “independentemente do número de parcelas recebidas pelo beneficiário”. “O número de parcelas devidas ao trabalhador beneficiário dependerá da data de concessão do auxílio emergencial residual, limitado a quatro parcelas”, diz o texto.
O governo apertou os critérios para dificultar o acesso ao benefício para quem já está cadastrado. Nesta nova etapa, o auxílio emergencial residual terá limite de “duas cotas por família”. Antes, o valor era limitado “até dois membros da família”. Assim, a mãe solteira continuará recebendo as duas cotas, mas se mais alguém da família for beneficiário, vai deixar de receber, já que as duas cotas foram atingidas.
Outra mudança será sobre os rendimentos tributáveis calculados para a elegibilidade, que agora serão os relativos ao ano de 2019 em vez de 2018. Também não recebe quem tiver posse de bens acima de R$ 300 mil em 2019.
Beneficiários do Bolsa Família - Nesta quinta-feira (17) começa o pagamento da parcela extra para os beneficiários do Bolsa com NIS (Número de Identificação Social) de final 1. O pagamento vai até o dia 30 deste mês. O governo ainda não definiu o calendário de pagamento dos beneficiários do Cadastro Único e dos que se inscreveram pelo aplicativo.
Há uma má fé! O governo não explicou sobre esses cortes à população, que já vive um caos, as filas nas agências da Caixa vão ficar lotadas e muita confusão vai acontecer. A renda vai cair e a economia ainda mais.
Auxílio ajuda a manter a economia ativa
Com base nos dados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre orçamento familiar, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desenvolveu um estudo que mostra o auxílio emergencial impactou positivamente na economia do País.
Segundo o estudo, R$ 151 bilhões do auxílio emergencial foram destinados ao consumo varejista. Este valor corresponde a 79,5% dos mais de R$ 190 bilhões pagos pelo auxílio até a data da pesquisa.
A estimativa da Federação para o encerramento do ano de 2020 do comércio é de uma queda de pouco mais de R$ 141 milhões. No entanto, sem o valor do auxílio de R$ 600,00, a previsão seria de uma perda de R$ 293 milhões.
O movimento sindical defende a prorrogação do auxílio emergencial, pelo menos, até o final do ano. Sem cortes!
Fonte Fenae com edição do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias
Atualizado em: 18 de setembro de 2020