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Greve dos bancários completa 14 dias com a maior paralisação da história

Nesta segunda-feira, 10/10, a greve dos bancários completa 14 dias e sem sinalização de reabertura das negociações por parte da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O movimento, que já é o maior em 20 anos, continua crescendo em todo o país, na semana passada, 8.951 postos de trabalho foram paralisados em todo o Brasil. 

Na Baixada Santista a greve continua forte com o percentual de 95% de unidades fechadas em Santos e cerca de 80% de agências paralisadas nas demais cidades da base do Sindicato (de Bertioga a Peruíbe).

“A presidente Dilma Rousseff (PT) está orientando as empresas a não oferecerem aumento acima do índice da inflação, sob alegação de que aumento salarial é inflacionário, isto é um absurdo! Ao invés de defender o poder de compra dos trabalhadores e a consequente ativação da economia, Dilma prefere entregar 47% do orçamento da União para pagar juros da dívida pública aos bancos, quando o correto é pagar dignamente quem faz o país crescer, e não o contrário”, reage Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. 


Valorização – Os bancários reivindicam aumento de 12,8%, além de PLR maior, valorização dos pisos, entre outras. A última proposta apresentada pela Fenaban foi de 8%, o que é praticamente a reposição da inflação. Somente nos primeiros seis meses deste ano o setor teve crescimento de 26,6%, o que contabiliza um lucro líquido de R$ 31,8 bi, sendo R$ 26,5 bi o lucro dos sete maiores bancos do país.


Bancos podem melhorar proposta
Apenas no 1º semestre de 2011, o lucro auferido pelos bancos que operam no Brasil chegou a cifra de R$ 60 bilhões, um montante de dar inveja aos demais setores da economia e que deixa claro que eles têm plenas condições de atender as reivindicações dos trabalhadores.

São bilhões obtidos através do trabalho árduo do conjunto da categoria, que é submetida muitas vezes a pressão desumana pelo cumprimento de metas cada vez mais abusivas e responsáveis pelo grande número de bancários vítimas de doenças ocupacionais.


Setores da economia com lucros bem menores oferecem 10,5% de reajuste
Setores da economia que lucraram muito menos que os bancos como os proprietários de hotéis, bares e similares e os comerciantes, por exemplo, ofereceram e acabam de fechar, com seus trabalhadores, um reajuste salarial de 10,5%. Enquanto os bancos oferecem apenas 8%!


Salário no Brasil é metade dos colegas argentinos
Atualmente, o bancário brasileiro em início de carreira ganha US$ 735,29, metade do que recebem os colegas da Argentina (US$ 1.432,21) e bem menos que os do Uruguai (US$ 1.039), conforme pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf.

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