No segundo dia de greve nesta quarta-feira, 19/09, a greve dos Bancários de Santos e Região continuou forte, com cerca de 90% de adesão em Santos, 85% de paralisação das agências das cidades de Guarujá, São Vicente, Cubatão e Praia Grande. Em toda as nove cidades da Baixada Santista a paralisação chegou a 70%. A greve é nacional e por tempo indeterminado. A população está informada e agiu de forma pacífica demonstrando solidariedade à categoria.
Banqueiros enrolam trabalhadores bancários
“Quando chegou na 5º rodada, em 04/09, os banqueiros abandonaram as negociações, depois de tratar com descaso todas as reivindicações dos bancários, nas quatro rodadas duplas de negociações (que iniciaram dias 07/08 de agosto e seguiram dias 15/16; 21/22; 28/29). Portanto os bancos empurraram os trabalhadores para a greve. Nós estamos querendo negociar mas eles enrolaram a categoria por um mês e ofereceram uma contra proposta ridícula, para quem absorveu apenas no 1º semestre do mercado financeiro R$ 25,8 bilhões limpos para os seus cofres.
Os bancários reivindicam 10,25% de reajuste! A proposta dos banqueiros tinha que ser rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários” diz Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Ninguém lucra mais que os bancos no Brasil
Os seis maiores bancos (Itaú, Bradesco, BB, Caixa, Santander, HSBC e Safra) embolsarem um lucro líquido, somente no primeiro semestre de 2012, de R$ 25,8 bilhões. Sendo o setor que mais lucrou no país, acima do metalúrgico, têxtil e petrolífero.
Funcionários do BB e Caixa Econômica têm juntos perdas salariais de 140%
A defasagem com perda salariais dos funcionários do Banco do Brasil é de 50% e na Caixa de 90%”, afirma Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Na Baixada Santista são cerca de 270 agências com 4.500 bancários na ativa. Em Santos são 101 unidades.
A base de atuação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região compreende todas as cidades de Peruíbe até Bertioga.
As principais reivindicações
* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
* Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
* Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
* Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária. * Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
* Fim das metas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
* Mais segurança nas agências e postos bancários.