Greve forte pressiona e Fenaban, Caixa e BB sairem dos 4,29% para 7,5% de reajuste e aumentarem os pisos salariais

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Greve forte pressiona e Fenaban, Caixa e BB sairem dos 4,29% para 7,5% de reajuste e aumentarem os pisos salariais

Proposta:
Reajustes de 16,33% no piso e 7,5% nos salários e verbas;
Além de proposta de reajuste de 14,28% no valor adicional da PLR, para R$ 2.400. Além disso existe cláusula de combate ao assédio moral e avanços na segurança



A greve nacional dos bancários chegou nessa segunda, 11/10, ao 13º dia e arrancou a retomada das negociações e uma nova proposta da federação dos bancos (Fenaban), que prevê 7,5% de reajuste, PLR maior e valorização do piso. Proposta também tem cláusula de combate ao assédio moral e avanços na segurança.

O reajuste proposto para salários é de 7,5% até R$ 5.250. Acima desse valor de R$ 5.250, os salários seriam reajustados por uma parcela fixa de R$ 393,75 ou pelos 4,29% da inflação, o que for mais vantajoso para o bancário. Nas demais verbas salariais, como vales e auxílios, a elevação seria de 7,5%.

Piso – No piso da Convenção Coletiva, o reajuste seria de 16,33% elevando o valor de R$ 1.074 para R$ 1.250.

PLR – O valor adicional à PLR passaria de R$ 2.100 para R$ 2.400, o que significa aumento de 14,28%. A regra básica seria paga como no ano passado: 90% do salário mais R$ 1.100,80 (valor já reajustado pelos 7,5%). Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, esses valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 7.181.

Mobilização arranca mais – A proposta apresentada pela federação dos bancos no sábado, e que foi considerada insuficiente pelos bancários, previa reajuste salarial de 6,5% para salários até R$ 4.100. Acima desse valor a proposta previa reajuste fixo de R$ 266,50. Para o piso o reajuste proposto no sábado era de 9,82%.

Assédio moral – a proposta contempla a inclusão de uma cláusula em Convenção Coletiva para o combate de um dos grandes problemas dos trabalhadores que é o assédio moral: condenação por parte da empresa a qualquer ato de assédio e implementação de um canal de denúncias, com prazo para apuração e retorno ao Sindicato.

Segurança – Nas questões de segurança será obrigatório o registro de boletim de ocorrência, divulgação de estatística semestral do setor e atendimento psicológico no pós-assalto

Específicas – Após a negociação com a Fenaban, que ainda não foram concluídas, serão retomadas as negociações de Banco do Brasil e Caixa Federal.

 

A nova proposta da Fenaban

Reajuste salarial: 7,5%.
Reajuste para salários acima de R$ 5.250: R$ 393,75 fixos, garantindo o mínimo da inflação do período, de 4,29%.


Novos pisos salariais:
Escriturário: R$ 1.250,00 (após 90 dias), reajuste de 16,33%
Caixa: R$ 1.709,05 (incluindo gratificação de caixa e outras verbas), reajuste de 13,82%


PLR:
- Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181.
- Parcela adicional de 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400,00.
- Isso significa que na regra básica o reajuste é de 7,5% e na parcela adicional de 14,28%.


Gratificação de caixa: R$ 311,67.

Outras verbas de caixa após 90 dias:
R$ 147,38.

Adicional tempo de serviço:
R$ 17,83.

Gratificação de compensador de cheques:
R$ 101,56.

Auxílio-refeição:
R$ 18,15.

Auxílio-cesta alimentação:
R$ 311,08.

13ª cesta-alimentação:
311,08.

Auxílio-creche/babá:
R$ 261,33 (até 71 meses).

Auxílio-funeral:
R$ 599,61.

Ajuda deslocamento noturno:
R$ 62,59.

Indenização por morte/incapacidade decorrente de assalto:
R$ 89.413,79.

Requalificação profissional:
R$ 893,63.



*Atualizado em 13/10/2010 às 18h

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