O Sindicato dos Bancários de Santos e Região completa 86 anos de fundação e lutas nesta sexta-feira, 11 de janeiro. A história de mobilizações para conquistar e garantir direitos começa antes mesmo de sua criação, em 1933. No início dos anos 30 a organização dos bancários na Baixada Santista já mostrava sua força!

Em 18 de abril de 1932, a imprensa noticiava que bancários da sucursal santista do Banco do Estado de São Paulo entravam em greve e eram seguidos pelos trabalhadores da matriz na capital.

Como na época fazer greve era uma prática usada apenas por operários, a paralisação causou espanto na ocasião.

A partir daquele momento, diversas outras greves e paralisações aconteceram pautando condições dignas de vida e trabalho para a categoria.

Ditatura

A combatividade da categoria era tanta que, poucos dias após o golpe Civil-Militar de 1964, o sindicato sofreu intervenção dos militares. Esse triste período da história do País pode ser conferido na revista “A ‘perigosa’ unidade dos trabalhadores na ‘Moscou Brasileira’”, lançada quando o golpe completou 50 anos.

“Além de colocar um interventor na direção do Sindicato, o então presidente da entidade, Antônio Guarnieri (que dá nome ao complexo esportivo da categoria), foi detido e chegou a ficar preso no tenebroso navio-prisão Raul Soares”, relembra o secretário-geral do Sindicato, Ricardo Saraiva Big.

Durante a ditadura, a documentação histórica do sindicato foi destruída.

Sempre na Luta

Nas últimas décadas, o Sindicato tem lutado contra privatizações (como a do Banespa e da Caixa Econômica Federal), combatendo demissões arbitrárias, aumento da jornada de trabalho, assédio moral e sexual, precarização do local trabalho (falta de refrigeração adequada, por exemplo) entre outros ataques contra a categoria. Também ampliou a rede de comunicação e facilitou para os bancários as possibilidades de fazer denúncias por meio do site, facebook e whatsapp do Sindicato.

Primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato, em 2016, e reeleita no ano passado, Eneida Koury ressalta que a entidade não se intimidará diante dos ataques dos banqueiros e grandes empresários contra os direitos da categoria e da classe trabalhadora em geral.

“Seguimos nos mobilizando e dialogando com a população contra a aprovação de medidas que prejudiquem os trabalhadores e trabalhadoras, especialmente os mais pobres. A ‘reforma’ da previdência, que usa números falsos para alegar déficit e dificultar a aposentadoria de milhões de pessoas, é um exemplo de como é preciso ficar alerta contra a retirada de direitos”.

A unidade da categoria junto com o Sindicato é fundamental para continuarmos fazendo história! Não fique de fora das lutas por qualidade de vida e condições digas. Sindicalize-se.